quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

LISBELA E O ROMÂNTICO - DA REFLEXÃO A CONCLUSÃO?

          Passaram-se três dias depois do abraço. Eu já não era a mesma pessoa, afinal, um pouco de minha timidez havia sido rompida por aquele gesto de amor (pelo menos de minha parte era). E nestes três dias resolvi que devia refletir. Que deveria sair da rotina pesada do cotidiano da cidade e me isolar para pensar um pouco nesta aventura amorosa que meu coração arriscava continuar. O local logo foi escolhido: a fazenda de meus avós!
          Um local simples e acolhedor, no meio da mata! Assim como eu sonho estar com Lisbela um dia, se Papai e Mamãe do Céu permitirem! Sempre vou lá, aliás, toda a minha vida está gravada naquele solo fecundo de amor e histórias. Lá cresci e quero sempre continuar a crescer, com a experiência de meus antepassados. Assim como Lisbela, adoro natureza - um local de tranquilidade, ideal para se refletir sobre a vida. Logo que lá cheguei, a alegria já se contagiou por toda  casa. E fiquei ainda mais edificado de poder passar estes tão poucos dias com minha avó e meu avô. Mas não tinha tempo para conversas, e acho que eles entenderam.Precisava de um local manso, silenciado. Como havia um morro com uma mata, para lá fui. No muro histórico, construído por escravos no período imperial, sentei-me. Fique lá por horas, após recitar o Rosário, pois a vontade era tanta que o levei comigo para lá. A calmaria era tanta que pensei em nunca mais voltar para a cidade.
             Pensei mesmo em deixar a cidade, com seus barulhos e poluições. Sempre sonhei com aquilo. Pensei até mesmo em deixar minha história com Lisbela e seguir meu rumo na calmaria do campo, afinal, Dito Cujo ainda não saiu da história e se, e quando sair, será tarde demais. Pensei nas possibilidades desta separação, e pareciam ínfimas. Fui perdendo as esperanças. Parecia que naquele momento eu começava a ter uma sombra de conclusão desta história de amor. Pensei em Lisbela, e imaginei se o amor que sentia por el era correspondido, ou era só mais uma ilusão para a minha vida. Também pensei na possibilidade de ela estar com medo de deixar Dito Cujo. O sentido de esperar por ela foi indo embora, sem direção, assim  como uma folha é tocada pelo vento sem direção. Eu não sabia mais para onde e por onde ir.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

LISBELA E O ROMÂNTICO - UM ABRAÇO

          Voltei para casa. Ao ligar o chuveiro para tomar banho, vendo que a água quente caía sobre meu corpo cansado, deixei de me esfregar e fiquei ali, parado, deixando a água correr e contribuindo para que ela, um dia (se é que isso vai acontecer) acabe. Mas não me importava muito em pensar em nada e em ninguém naquele momento, apesar de ser um pouco esquerdista. Queria somente relaxar minha cabeça e afastar meu pensamento de Lisbela e de Dito Cujo, que de vez em sempre, atormentava minha mente com suas aparições. Depois do banho, deitar-me fui.
          No outro dia, como de costume, fui para a escola e lá dei-me com Lisbela sentada uma carteira à frente da que eu costumava sentar. Achei ótimo, pois, já que não converso muito com ela, poderia sentir a energia que emanava do seu coração, invadindo, mesmo que indiretamente, o meu. E ali fiquei sentado, olhando seus cabelos negros em meu caderno; contemplando o feixe de luz de um sol típico da manhã invadindo aquela sala lotada de alunos. Professor entra, professor sai; aulas e mais aulas. Não conseguia prestar atenção em uma só palavra do que cada um dizia, só queria concentrar-me em meu coração, ligado, pelo menos naqueles pequenos intervalos de tempo, ao de Lisbela.
          Só poderia ser obra divina, eu e Lisbela numa situação de alegria juntos. Bem, já temos sempre os mesmos pontos de vista, mas não tantos quanto percebi hoje.  Depois das aulas que matavam não só a nós dois, mas às dezenas de alunos que lá estavam, fomos juntos embora. Sempre íamos juntos pelo mesmo caminho, afinal de contas, era o caminho até o comércio de minha família esquinada com a rua da casa dela. E lá nos despedíamos na simplicidade. E naquele dia, tentei fugir do norma e tomei uma pequena atitude mais romântica: UM ABRAÇO.
            Abraços meus são raríssimos. Nem minha amada mãe sou de abraçar. Não gosto muito de apegos, beijos e outras lambanças. O que realmente me importa são as pequenas e fortes palavras que alguém pode me dizer. Lisbela não dizia, bastava seu olhar azul cruzar o meu verde-água para que, em meu coração, ecoassem e doçura de sua eloquência. E é o que me apazigua! O que me apascenta e me acalma. Sua voz fina entrando pelos meus tímpanos e explodindo com amor no coração. E por isso queria romper toda a minha timidez, ou ao menos um pouco dela, para poder me aventurar a passar meu amor através de um gesto mais concreto do que um olhar. E assim o fiz. Rápido, mas o fiz. E foi nele que liberei meu amor de um ano e meio de expectativas. Esqueci-me de tudo. De casa, escola, família, até mesmo de Dito Cujo. Aliás, não me importo muito com ele, pois nem o conheço e não faço questão de fazê-lo. O que me importa é o coração de Lisbela aberto, respirando o meu amor e deixando ele entrar, pelo menos para que ela o sinta e partilhe um pouco dele.
               E assim, cada um foi para a sua esquina. E só restou a certeza de nos vermos no outro dia no mesmo local, ou de eu tentar fitá-la ao pôr-do-sol novamente!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O CANTO QUE ENCANTA XIX - A FLOCK OF SEAGULLS

             A banda de New Wave "A Flock of Seagulls" surgiu em 1979 na cidade de Liverpool, Inglaterra. Foi iniciada pelos irmãos Mike e Ali Score. Mike tocava teclado, violão e era vocalista, Ali tocava bateria e seu amigo, Frank Maudsley, tocava baixo.
            Logo entraram para a banda Willie Woo e Mark Edmondson, que, por motivos de enfermidade, deixou a banda. Mas a banda não parou. Os membros começaram a compor canções. O guitarrista Paul Reynolds ingressa na banda. Logo a banda começara a tocar em clubes e recebera um contrato de gravação. Nesta lançaram um EP e mais duas músicas.
            Em 1982 gravaram "I Ran (So Far Away), que se tornou um sucesso mundial, atingindo a primeira colocação na Austrália e entrou para o top 10 nos EUA e na Nova Zelândia, país de maior sucesso da banda. Ao final do ano entraram  em grande sucesso na Inglaterra com "Wishing", que alcançou no top 10.
            Em 1983 não obtiveram tanto sucesso como no ano findado. Confrontando com a decepção de "Listen" neste ano, lançaram no ano próximo, 1984, "The More You Live, The More You Love". Esta música foi um sucesso, mas ops outros dois álbuns não fizeram muito progresso.
             Por causa da decadência nas vendas e perda de direção, mudaram-se para a Filadélfia. Em 1985 lançaram o fracassado e criticado "Dream Come True". Os membros foram se separando da banda e a formação original do "A Flock os Seagulls" se desfez.
             Durante 18 anos Mike Score trabalhou com vários músicos sobre o "A Flock of Seagulls banner". Fazia shows ao vivo e emitiam novas gravações.
             Em 2002 a banda foi revivida quando "I Ran" foi incluída num trailler de jogos. Em novembro de 2003 a formação original se reuniu novamente, fizeram alguns shows no ano seguinte, mas depois se separaram novamente.






           

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

LISBELA E O ROMÂNTICO - A MIRAGEM

         Sentado à beira do meio-fio do passeio da rua de sua casa, Lisbela contemplava a paisagem que sempre esteve lá, mas que, naquele dia, naquele momento, servia de ícone para que se imaginasse um futuro não tão distante. Aquela paisagem, típica de um dia ensolarado, quente e vivo, mostrava suas auroras e um deslumbrante pôr-do-sol. Ao menos era o que pensara Lisbela. Pude ver em seus olhos o reflexo do sol vermelho se pondo e sentir a energia amorosa que dela fluía em direção à mim. Era um amor puro, como o ar que a floresta do morro respirava e o perfume das rosas do oratório de Santa Teresinha. E assim continuou, e eu também ali, à espreita para que não me visse, continuei contemplando sua face Mariana e meiga, entre outras  virtudes que só a Mãe do Senhor pode ter mesmo. A tarde dava seu adeus e a noite entrava em cena,  nada nos atrapalhava, até...
         Até... Até... Até...Palavra mesquinha esta, em que se pode ter sentido de grandeza ou de barragem. No meu caso foi de barragem. Ai, palavras que me atormentam. Ai, momentos que me corroem por dentro. Ai, coração dividido. Não só o meu, mas o de Lisbela! Ao menos é o que sinto. Sim! Sim! Aquela donzela espelhada no brilho da Virgem, cujo olhar azul-céu fitava o sol vermelho e respirava o puro ar do morro! Sim! Naquele momento percebi que não era só meu coração dividido e minha timidez que impediam um feito maior de minha parte. Que não era só este caduco romântico que sofria. Ela também! Isto não me aliviou, e sim, gerou mais e mais situações no meu coração. A noite cada vez mais se aproximava, em que a pureza e a vermelhidão do sol davam lugar ao negrume da noite. Assim também acontecia com o meu coração. Ela não mais fitava com a ternura e o amor puros a paisagem que sumia em meio à noite. Olhava para baixo, como quem está muito pensativa. Penso eu que ela não deixou mais que o coração falasse. Optou pelo racionalismo e continuou com o compromisso que assumira meses antes de meu amor fluir. Diga-se de passagem que eu a amava bem antes de se inserir "até" na história, de ela se apaixonar (ou achar que se apaixonou) pelo Dito Cujo. O problema sempre é minha timidez.
           Dito Cujo! É assim que o chamo. Não o conheço, e também não pretendo fazê-lo. Nada contra a pessoa que serve como "até" na minha vida. Que me impede de realizar um dos feitos mais importantes de minha caminhada terrena. Que me faz olhar para toda esta véspera com seu lindo pôr-do-sol e ver somente o negrume de uma noite sem lua nem estrelas. Que me leva a conclusão de que tudo isto foi uma miragem, num imenso deserto chamado coração(Porém não preciso afirmar que seja um deserto, pois pode ser a cegueira incandescente que o amor proporciona e que me faz enxergar miragens). Não tem culpa no cartório. Somente é mais um ator na novela chamada amor. Pena que o amigo foi aparecer na novela errada...
          Não resta dúvidas de que Dito Cujo tomou o pensamento (não o coração) de Lisbela. Nem eu mais conseguia a concentração novamente. A noite já encobriu toda a paisagem e estávamos ali por falta de medo e pelas luzes que das casas vinham. A rua não era iluminada, então pude continuar escondido sem dar ares de  desconfiança. Passavam pessoas pela rua, os seus familiares gritavam pedindo sua entrada e minha mãe fazia o mesmo. Mas não nos importamos com isso. E ali ficamos por mais um bom tempo. Acho que ela travava (e ainda deve travar) dentro de si uma guerra, tal qual eu. E por isso estava tão pensativa. Ou queria mesmo pensar em Dito Cujo para esquecer o que o coração diria sobre isso. Não sei, só digo o que meu coração diz. Não tenho lugar para ninguém em meu pensamento, só no coração, e metade dele é de Lisbela, até hoje. A outra metade é milimetricamente dividida e se divide mais a cada dia.
           Final e infelizmente a impaciência tomou conta de nossos familiares e tivemos de voltar para casa. Certo de que ela não me viu, voltei para casa e olhei para o negro local do morro do ar puro e pensei: Será que é miragem mental ou verdade verdadeira? Não sei. Mas logo logo hei de saber, com ou sem os Ditos Cujos da vida ou os "atés" ou até eu deixar de ser prisioneiro do Romantismo e tomar alguma atitude parnasiana...

           
         

sábado, 24 de setembro de 2011

PARABÉNS, PROBLEMA SEUS , MUITOS ANOS DE VIDA!!!!!!

          Há um ano atrás iniciava-se os trabalhos de dois amigos, dois grandes amigos para falar a verdade. Começamos devagar, postando pouco e sobre temas abstratos, mas que faziam repetir. Mas a alegria e o entusiasmo eram tão grandes que dava vontade de escrever todo santo dia. Passados alguns meses a família aumentou. Anderson e eu resolvemos convidar uma grande amiga, Mariana, para ingressar nesta viagem de encantos, histórias, reflexões, músicas etc etc etc. O convite foi aceito assim como o feito ao Caio, ilustre comentarista dos vários acontecimentos no cotidiano de nossa querida e "paralisada no tempo" Caxambu.E também à Thamyres, que nos encanta com seus poucos, mais eloquentes e sinceros posts que encantam e embelezam ainda mais tal qual os poemas de Mariana! E Há pouco ingressa Alice, incendiando de sabedoria e reflexão nosso blog. E assim  o tempo foi passando,  amizade foi crescendo, o companheirismo nos entrelaçando que hoje somos mais que uma família! Somos A Família!
           Os votos de parabéns não são mérito meu, nem de Mariana, nem de Anderson, nem de Caio, nem de Alice e nem de Thamyres, mas seu, caro leitor. se não fosse  os comentários e as visitas suas não poderíamos crescer como crescemos, não poderíamos deixar fluir nossa liberdade de expressão como deixamos, não poderíamos nem montar uma equipe como montamos. Então, o mérito é seus! Parabéns por fazer de nós uma família e poder partilhar conosco nossa liberdade, por um país e um mundo melhor! PARABÉNS!
Anderson Pereira

Pedro Pereira
Mariana Mendonça
Thamyres Ventura
Caio Luiz Penha

Alice Michaelis

domingo, 18 de setembro de 2011

OS DEZ ANOS DO "AUTOATAQUE"

          Há dez anos escuta-se do bombardeamento das torres gêmeas dos Estados Unidos da América. Há dez anos acredita-se que a Al-Qaeda comandada pelo assassinado terrorista Osama Bin-Laden teria efetuado o dito e provocado uma revolta e tristeza no solo estadounidense (para não falar americanos, desfazendo-se assim                    
dos outros povos americanos). Mas, aqui fica a dúvida. Se os EUA foram atacados, por que motivo invadiram o Iraque? Para que se levasse a paz ou a discórdia? Ou ainda: para que se tirasse de lá as raízes terroristas ou as reservas de petróleo?
         Não tinham motivos fortes para invadirem o Iraque, assim como não tinham para invadir e destruir o Vietnã ou para jogarem duas bombas atômicas no Japão (esta teve um principal motivo: mostrar o seu poder para a URSS), mas, ainda assim o realizaram, e realizaram de maneira forte, agressiva e covarde, assim como foram as ditaduras militares nas Américas no século XX, apoiadas por aquele país para que não se implantasse o Socialismo real (o Comunismo nunca aconteceu). O único motivo que tinham era o famoso petróleo.
       Atualmente vem-se desconfiando de um "autobombardeamento" e incriminação do Iraque como autor. Bem, não duvido muito, pois, para quem já jogou duas bombas atômicas num país sem necessidade, apoiou ditaduras horrorosas e destruiu um pequeno país de monções, é normal que se desconfie!

sábado, 10 de setembro de 2011

Queimada




Coração chora ao ouvir
a natureza se queimando,
o estalar das árvores,
como um grito de socorro.
Todo o verde se esvaindo
E a agonia dos animais.
Fogo maldito que passa
e a sua volta, tudo se desfaz

Anjo da morte, que queima, mata,
sufoca, arrasa.
Consome tudo que vê
sem dó nem piedade.
Chama de ódio,
intenso tormento.
Tu matas nossa mãe.
Mãe Natureza
que agora jaz
em cinzas e destruição.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O CAPITALISMO MAL FEITO

          Um modo de produção que tem como principal objetivo o lucro e a usura. Poucos têm oportunidade de se dar bem na vida. Muitos ficam com o que sobra. Modo de vida desumano e que deixa a desejar quando se fala em qualidade de vida para todos.
           Desde os tempos antigos já existiam práticas capitalistas e pode-se observar que não evoluíram nada. Desde aqueles tempos havia pessoas que sobressaíam às outras. Possuíam mais e, por causa disso, pensavam que tinham poderes sobre as classes mais baixas. Isto se intensificou com a Revolução Industrial, que proporcionou um crescimento econômico grandioso à burguesia e à nobreza. As ideias que surgiam contra este sistema socioeconômico eram mal entendidas e mal vistas pelos ricos e nobres, que faziam de tudo para reprimi-las e tentavam fazer com que elas não chegassem à massa populacional, impedindo uma revolta por justiça social e continuando com seu poderio político-econômico.
           Muitos movimentos surgiram contra o sistema capitalista daquela época para cá. No entanto, ou fugiram dos principais fundamentos devido à ambição que desde sempre corre nas veias do ser humano ou foram forte, covarde e agressivamente reprimidas pelos mais fortes e dominadores. Preconceito? Não, é conceito. Aqui só está relatado o que o mundo está vivendo: o terror da desigualdade socio-político-econômica causada pelo sistema capitalista. Mas ainda resta a esperança de as Utopias virarem realidade no futuro!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

FLASHBACK VI

          Muito feliz fico com o grande número de acessos à postagem "Coronelismo e Atualidade", e por isso resolvi escrever mais alguma coisa do gênero. E nada melhor do que volarmos aos tempos da proclamação da República, onde foi dado um golpe para que se implantasse a democracia! Que coisa, não? O tema já foi revelado: República Velha.
           Quinze de novembro de 1889. O movimento republicano liderado pelos oficiais do exército termina com êxito, destronando o imperador Dom Pedro II, e implantando a democracia no Brasil. "Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada!" - diz Aristídes Lobo em seu artido no "Diário Popular de São Paulo". Foi estabelecido um "Governo Provisório", tendo como presidente o Marechal Deodoro da Fonseca.
           Neste período de governo, houve:
 - a separação de Estado e a Igreja;
- a nomeação de governadores dos estados brasileiros;
Cartaz da República do café com leite
- a criação de uma nova bandeira para o país, com o lema, positivista, "Ordem e Progresso";
Getúlio Vargas: governou provisoriamente por 15 anos
- a criação da Lei de imprensa, que censura os jornais, em que militares poderiam julgar as manifestações da liberdade de expressão.
            Em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira Constituição republicana, baseada na dos Estados Unidos da América e com influências do Positivismo (lembrando que o povo brasileiro somente foi escolher o sistema de governo em 21 de abril de mil novescentos e noventa e três). As manifestações em prol da volta da Monarquia eram reprimidas pelo governo.
              Os "organizadores" da vida política mantendo contato com a população eram (e são) os respeitosos coroneis. Geralmente fazendeiros e líderes da Loja Maçônica local, garantiam os votos locais dos governadores, em troca do apoio de suas lideranças em seus municípios, nos quais detinham grande poder devido à Constituição de 1891 ser descentralizadora, dando mais autonimia aos estados e municípios. Não costumavam ocupar os cargos públicos, porque eram eles mesmos que indicavam os candidatos (daí a expressão "voto de cabresto"). Quem saísse dos padrões era reprimido.
               O período da República Velha foi marcado também por grandes revoltas como a Guerra de Canudos, a Revolta do Contestato, a Revolta da Chibata, a Revolta da Vacina, o Movimento Tenentista, a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana e a Revolução de 1930, findando a República Velha.
     - A revolta de Canudos se deu pela incomodação do governo pela nova cidade, independente, que se formava. Depois de  batalhas sangrentas, o governo conseguiu tomar Canudos, dias depois da morte de Antônio Conselheiro, o líder Messiânico do arraial;
     - A guerra do Contestado previa a separação de Santa Catarina (ou Contestado) do estado do paraná;
     - A Revolta da Vacina se deu pela vacinação obrigatória contra a Varíola; 
     - A Revolta da Chibata se deu pela revolta dos marinheiros contra os castigos desumanos que sofriam;
     -  O movimento tententista se deu pela indignação de soldados com a situação política do Brasil, cuja primeira revolta foi a dos 18 do Forte de Copacabana.
     Durante a República Velha, surgiu a "República do Café com Leite", em que somente se elegiam candidatos de São Paulo e Minas Gerais. Em 1930 era a vez de Minas assumir o poder, com o candidato Antônio Carlos. Porém, São Paulo lançou Julio Prestes para concorrer, o que não acontecia, gerando desavenças. Então, com estes e outros fatores, é declarada uma revolução que colocou fim à República do café-com leite e da República Velha: a revolução de 1930. Depois, Getúlio Vargas sobe à presidência e lá permanece provisoriamente por quinze longos anos.
               

              
              
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SONETO DA ESPERANÇA

Sinto que é a hora
De meu amor fluir
Meu coração diz: agora
Meu pensamento diz p'ra desistir


Fico neste conflito
Cabeça e coração
Amor e razão
Hesitação


Tudo está em confusão
Mas o coração está sentindo
Que se aproxima um clarão


O clarão do amor
De minha amada vindo
De encontro à minha paixão.

domingo, 14 de agosto de 2011

Música




Morava numa cidade pequena, numa rua sossegada, numa casa bem grande. Mas dizer que morava soa até engraçado, dizer que morava dá ideia de lar, coisa que aquele casarão nunca fora. Era mesmo um lugar onde o menino aprendera a viver, sua mãe trabalhava ali desde que se sabia gente. E o menino ficava a seu lado, não porque quisesse, sua mãe o amava a sua maneira, calada e carrancuda, maneira de amar essa que o fizera chorar muitas vezes quando criança. Hoje porém o menino já era rapaz, praticamente homem feito e essa maneira de amar, as avessas, só trazia desprezo. Ficava alí porque precisava, porque não tinha pra onde ir, não tinha porque ir. Muitas vezes pensou em ir embora, mas faltava coragem, ou talvez faltasse vontade... a bem da verdade seu motivo era mais que uma falta, era mesmo uma presença, aquela tal música. Às vezes um piano, outras um trompete ou talvez uma flauta.Era uma música que vinha ele não sabia da onde, só sabia que às vezes, no fim da tarde enquanto cuidava do jardim ou varria alguma calçada, ela vinha descendo, lá do alto da rua e lhe chegava aos ouvidos. Aquela melodia. Trazia cheiros, imagens e o rapaz sentia saudade de um passado que não vivera.
Depois ia embora, levava com ela aquele mundo, aquela vida saudosa e sem identidade que só a música parecia conhecer. E o rapaz continuava o seu trabalho, e se trancava novamente em sua revolta, em sua raiva do destino que o fizera um empregado, praticamente mordomo, sem direito de falar ou querer, com raiva de sua mãe, que seguia submissa, e das pessoas que pareciam não notá-lo. Observava-as passarem na rua, elegantes, cheias de si, rumo aos seus casarões, sempre nariz empinado.
E havia aquele homem, sempre aquele homem, que passava de preto carregando seus papéis com ar de importância. O rapaz não sabia o que era, mas alguma coisa na insignificância com a qual aquele homem olhava para ele o incomodava em especial. As dores pesavam, as angustias e revoltas se acumulavam e ele tinha vontade de fugir, não importava pra onde, fugir dalí, daquele lugar, daquela vida, daquele destino... mas logo a tarde caia e a música chegava, serena, parecendo adivinhar suas dores. Calava sua lamurias, secava suas lagrimas, tirava-lhe o peso e ia embora. E como que com as baterias recarregadas ele continuava seguindo, apenas esperando, esperando que voltasse sua música.
Mas naquele dia ela não voltou. Naquele dia, como que por luto, o céu amanheceu cinza e as flores, pálidas. O que os olhos do rapaz viram o coração não comportou. Sua mãe, jogada no chão, olhar vazio e conformado, uma única lágrima rebelde contornando-lhe o rosto. E o patrão, apressado e desajeitado fechando as calças e arrumando os cabelos. Saiu e sequer olhou para trás.
O rapaz correu, sangue nos olhos, o facão que usava contra as ervas daninhas do jardim ainda na mão. Não foi ajudar a mãe, nem tampouco se vingar do patrão. Correu para rua, sem rumo, para longe, longe daquele lugar ao qual nunca pertenceu, onde ficou tanto tempo com medo de não pertencer a lugar nenhum, correu sem destino. Correu e trombou. Trombou com um homem. Não um homem, aquele homem, que passava de preto, sempre o mesmo olhar de insignificância, cruzando a rua como se não pertencesse ao mundo e nem se importasse com ele. O rapaz não pensou, tomado pela raiva e pela dor, apenas agiu, apertou o facão com as mão trêmulas e matou. Matou aquele homem... matou aquele olhar.... matou aquele ar de importância. E talvez o rapaz nunca soubesse que naquele momento de ódio e rancor, sem sequer suspeitar, matou seu consolo. Matou sua música.

AOS PAIS

        Pai. Homens trabalhadores, que batalham dia e noite para que não falte o pão de cada dia na mesa da casa. Homens que vivem profundamente o amor em suas famílias, levando para todo o canto da casa a alegria  que encanta os ouvidos de nós, filhos. E hoje, pais, é o dia especial de vocês. É o dia de, mais uma vez, valorizarmos tudo o que fazem, e de lhe desejar muitas felicidades! Feliz dia dos pais!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

PÕE NA TELA! VI

          A programação televisiva da atualidade está estressante. Não temos qualidade em programas, novelas, seriados, telejornais etc. O que realmente querem é nos manipular e ganhar dinheiro às custas da baixaria, de tragédias, mortes entre outras coisas.Querem que nós sujamos as nossas almas com a dor da morte; rindo de baixarias e concordando com a meia-verdade.
         Há um bom tempo que está no ar em algumas emissoras programas jornlísticos à tarde que exploram a fundo o sensacionalismo e mexem com a cabeça das pessoas. As fazem sentir angustiadas, tristes com a notícia, que, na maioria das vezes (senão sempre), é de morte ou tragédia. As fazem perder o interesse por assistir ou até ler um jornal por falta de notícia boa. Parece que sentem prazer em dar notícia ruim.
         Das novelas, poucas transmitem reflexões culturais ou algo do gênero. A moda agora é o erotismo, a baixaria, a maldade e sempre o capitalismo.  Quase nenhuma novela foge dos moldes do dono de uma grande empresa e de seus subordinados e familiares, sempre tentanto tomar conta ou possuir a empresa. Ou fazem versões de novelas mexicanas que já foram exibidas, fazendo uma verdadeira cópia. Tamanha falta de criatividade, de interesse pela cultura e de bom censo de que estão não causando o bem, mas o mal ao povo que assiste. A audiência é mais interessante do que a satisfação do público, que, infinitas vezes, sai da sala e deixa a televisão ligada, ou vai à uma lanchonete e é obrigado a assistir ao canal que está sintonizado.
           Alguns programas da televisão brasileira também entram na lista. Apelam para a baixaria, investindo em palavreado chulo e quadros sentimentais. A maioria do povo, infelizmente, gosta deste tipo baixo e barato de programação, sustentando ainda mais os cofres dos donos das redes de televisão. E o pior: não conhecem um aparelho chamado controle, um que muda as sintonias dos canais, possibilitando à pessoa, assistir a um canal melhor, ou melhor dizendo, um "menos pior".
            A programação da televisão brasileira precisa mudar de patamar, oferecendo ao público programas com mais qualidade, novelas mais culturais e telejornais diretos  e imparciais, para, assim, evoluir um pouco mais a sociedade televisiva. Há raras excessões.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

SALVE OS RELIGIOSOS!

A Santa Missa de rito Tridentino
             Hoje é dia de parabenizarmos aqueles que são os únicos que receberam do próprio Cristo o poder de conduzir a sua Única Igreja. É dia de prestarmos homenagem aos nossos pais espirituais, que sempre nos auxiliam na confissão, sacramento instituído e ordenado pelo próprio Cristo: "Todos os pecados que vós perdoardes serão perdoados"; de prestarmos homenagem àqueles que celebram o mistério da Consagração instituída por Cristo "Tomai e comei..."; "Tomais e bebei..."; é dia de relembrarmos que Jesus disse unicamente à Pedro: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu lhe darei as chaves dos céus. Tudo o que ligares na Terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos céus".
          Hoje, o pastor das ovelhas aqui na Terra é o Santo Padre, Benedictus XVI, o bispo de Roma, o pai espiritual de todos os cristãos, o sucessor de São Pedro e, por tanto, com poderio de ligar e desligar as coisas da Terra.
          Os sacerdotes todos são pessoas santas, ungidas pelo Espírito Santo no dia de suas ordenações. Cada religioso é responsável pela administração dos Sacramentos, é claro, em sua coluna hierárquica, estabelecida pela Igreja, corpo de Cristo, Corpo de Deus. São homens tirados do meio do povo e colocados à serviço do povo. Mas não são homens comuns, iguais à nós, como pensamos. Eles são escolhidos por Jesus para nos guiar no caminho da paz. A carne pode ser fraca. Existem muitos religiosos que não estão à altura do que Deus lhes deu (na verdade nenhum de nós está), mas a Sua misericórdia e seu amor para conosco são tão grandes que somos perdoados dia após dia, basta que queiramos ser perdoados. Sacerdotes também choram, também entristecem, também têm a vontade de jogar tudo para o alto e seguir o caminho do pecado, se afastando de Deus e de sua Missão para ele. Mas, como disse, Deus nos ama e faz de tudo para que isso não aconteça com os exemplos que Ele semeou na Terra, na Terra que clama por socorro, que clama pela misericórdia, que clama por um suspiro de alegria e paz.
Sacramento da Ordem
          A Igreja e mundo sempre serão antagônicos. A partir do momento que a Igreja for aplaudida pelo mundo, não haverá mais Igreja instituição, Corpo de Cristo, pois esta já estará mergulhada no pecado e tomada pelo demônio. Mas isso nunca irá acontecer pois as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela!  Por isso há escândalos, por isso há dúvidas, por isso há "reformas" e "separações". A Igreja é perfeita, pois faz parte de Deus. Se criticamos a Igreja, criticamos ao próprio Deus, pois Deus nunca erra. Os pecadores somos nós, filhos da Igreja. Nós é que a manchamos com nossos pecados, os quais Cristo na hóstia consagrada vem reparar dia a dia, noite a noite. Basta que queiramos ser reparados. Basta que deixemos de lado o orgulho e a dúvida e tenhamos fé, a fé de Cristo, a fé universal, a fé católica.E é nesta mesma fé que abraço com carinho e amor a todos os religiosos deste planeta, em especial os de minha Paróquia, e os que partiram para junto de Deus. Que Deus sempre esteja convosco, santos religiosos da Santa Mãe Igreja! Que as bençãos do Altíssimo sempre caia sobre todos nós, in saecula saeculorum!

domingo, 24 de julho de 2011

O CANTO QUE ENCANTA XVIII (MILTON NASCIMENTO)

          Milton do Carmo Nascimento nasceu no Rio de Janeiro em 1942. Sua mãe, empregada doméstica, sem condições de criá-lo, entregou-o à uma família rica. Milton, então, foi adotado. Sua mãe adotiva era professora de música e seu pai adotivo era dono de uma estação de rádio. Antes de completar dois anos mudou-se com seus pais adotivos para Três Pontas, em Minas Gerais. Aos treze anos já cantava em festas e bailes da cidade.
          Sua primeira canção foi gravada em 1962. Em Três Pontas, tocava nos bailes e clubes com seu grupo, "W's Boys". Cursou Economia em Belo Horizonte, onde começou a tocar em bares e clubes. Com isso, começou a compor mais frequentemente. E daí para frente o sucesso foi alcançado. "Coração de Estudante" foi o hino do movimento "Diretas já" de 1985.
           O estilo musical de Milton Nascimento pode ser classificado como Música Popular Brasileira, um desmembramento do movimento bossa nova, com influências de jazz, jazz-rock e de grandes nomes do rock como "Os Beatles". Também sofreu fortes influências dos cantos folclóricos de Minas.
           Cantou com vários artistas como Chico Buarque, Elis Regina, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil etntre outros. Em 2010 foi o homenageado do Festival Internacional de Corais de Belo Horizonte.
  "Sou fascinado pela minha família, acho que eu não poderia ter tido mais amor, educação e liberdade em nenhuma outra família no mundo. Eles moldaram a minha vida. Meu primeiro instrumento foi uma harmônica dada pela minha avó. Ela me deu um acordeão, e foi aí que minha vida musical começou."

sábado, 16 de julho de 2011

O VALE FLORIDO DE AMOR...V

           Por Caio Luiz Penha

            Em um dos dias desta semana reservei-me um tempo para prestigiar nosso vale florido de amor junto de minha querida amiga Amanda Siqueira, uma inspiração para minha concepção.
         Ao caminhar pelas belas veredas Caxambuenses, encontrei amigos, turistas rememorei o passado, questionei o presente e com ele interagi...
          Com a breve análise que fiz pude, infeliz, detectar acalmada realidade, a começar pela noite serena, agradável, nostálgica! Uma tranquilidade indesejada, um prazer sem requinte, olhares que reviviam lembranças da Caxambu que não existe mais, entretanto revela ainda sua personalidade, deixando saudades. Noite abrilhantada  pelas personalidades do firmamento que iluminavam ordenadas: a futilidade, a omissão, a displicência, o egoísmo comum e natural. Raízes da nossa astúcia dormente que degringola nosso patriotismo, nossa essência, fazendo deste rincão excelente um paraíso apático. O que mais me entristece é que esta estagnação não se restringe somente aos eméritos, célebres e indiferentes munícipes. Que reclamam, polemizam ou então lamentam, rezam entregando nas mãos da sorte, do destino ou da política que reina “inquestionada”, sem autênticas reivindicações,   embates, sendo diplomática, laboriosa, entretanto sempre a suma encarregada e por conseguinte  desaprovada. Tais munícipes possuem uma vida regada por uma omissão verdadeira que se fantasia com uma hipócrita esperança , que se diz confiante, que clama: avante, rumo a prosperidade! Esta “fé” não move montanhas, nem inspira incapazes, apenas esclarece que obras, sacrifícios, labor, ação, escrevem ascensão, conceituam mudança. Tudo isso é infeliz, todavia esperado, aceitável. Depois deste inspirado e crítico raciocínio o mais importante  é que, como eu disse outrora esta estagnação não se restringe a eles, envolve expressivamente nossa juventude, que conscientemente ou não compartilha deste atraso. Meus amigos são jovens distintos, ao mesmo tempo semelhantes. Resumem suas vidas: na prática da música, do esporte, do namoro, rezam, transam e/ou bebem e fumam,  estão on-line, fuçando no computador , também tem os que exaltam ideais mais não lutam por eles. Todavia nenhum destes jovens mostram-se plenamente satisfeitos, orgulhosos, felizes com sua terra natal, com a oblação miserável que lhes oferecem e que aceitam calados. Esta insatisfação contraída dentre de nós JOVENS é fruto da nossa alienação, do nosso acovardamento, assim como o proletariado lutou inspirado principalmente por Marx, nós devíamos lutar inspirados por brasileiros que, torturados, arrebatados pela chibata do Cálice levantaram a bandeira da liberdade tornando-nos herdeiros, mostrando-nos  a potencialidade da juventude. É uma pena não honrarmos esta conquista como também fazermos dela uma  libertinagem ou uma livre-arbítrio sem perpectivas, prazer, bem.
           Contudo vejo em mim, sem falsa modéstia, uma virtude, um fato incomum que me orgulha: o de pensar, questionar, conceber uma concepção e aqui expô-la. Em meus companheiros de primavera vejo dois sentimentos que os coordenam: o egoísmo e o medo. O egoísmo que justifica nossas futilidades, omissões, indiferenças, preguiças e é claro a nossa posição inativa perante nossas insatisfações. O medo nos faz mais infelizes, pois nos desilude nos tornando descrentes. Projeta-nos incapazes, indiferentes no preenchimento das lacunas e no cortar das arestas que, nossa ganância perante a sonhada representatividade e respeito junto da nossa astúcia são  arruinadas pelo medo que, com desprezo nos provoca zombando: fracassados, covardes!

P-E-R-D-O-A-R

          Um dos gestos mais difíceis de se compreender na vida. Um deles é o amor. Outro o ódio. E outro um pouco difícil de se conseguir realizar: o perdão.
          Algum dia você já se sentou em algum cômodo de sua casa, ou defronte à uma bela paisagem, ou algum lugar, e começou a refletir sobre o perdão? Você que já enfrentou muitas mágoas, tristezas em sua vida, pode crer que são provações? Pois bem. Podem ser, sim, provações. Você pode estar sendo "testado", "provado" por Deus. Já parou para pensar por que existe inferno? Porque se Deus perdoa todos os nossos pecados não há porquê para existir inferno. Mas aqui faço-te uma pergunta: Por que Deus não perdoa Satanás? Por que Lúcifer ainda fica no inferno? Se Deus perdoa todos os nossos pecados, deveria também perdoar os de Lúcifer, não acha?
          Eu acho que não. Para que você possa entender a minha linguagem, primeiro temos que estudar a palavra perdão. Perdoar. Separemos a palavra em duas sílabas. Temos o prefixo "per", que, do grego, significa "intensamente", "muito", "com intensidade"; e doar, que significa doar. Então temos aí o ato de perdoar, ou, "doar intensamente". É o que Deus faz. Ele doa o seu amor intensamente para nós, pecadores, e também para Lúcifer. O problema é que ele e tantos outros é que não querem receber este amor doado por Deus. Aí entra o inferno. Então, de um jeito ou de outro, não é "Deus tarda mas não falha", somos nós mesmos que nos condenamos ao inferno, não querendo receber o perdão de Deus, ou seja, o Seu amor dado intensamente e initerruptamente a nós, pobres pecadores. Então são puxados para o inferno. O que os salva? O Perdão de Deus, ou seja, o momento em que decidirem receber o amor infinito que Deus está enviando para eles.
          Mas não é somente em relação à Deus que o perdão existe. Podemos doar nosso amor continuamente a quem nos ofende. Podemos perdoar esta pessoa, dar nosso amor, nossas virtudes continuamente à estas pessoas que nos causam o mal. É muito difícil perdoar. O ser humano, então, criou um modo de "perdoar pela metade", que é a desculpa. Por exemplo: eu estou escrevendo este humilde texto à você, leitor, leitora. E posso cometer um erro ao digitar uma palavra, sem querer. Então peço desculpas pelo erro. Mas não foi intencionalmente o meu erro. Daí vem a desculpa. É quando você comete um erro sem intenção de cometê-lo. O perdão é mais profundo, pois nele você tem culpa. Nele você também participa da culpa da briga, da desavença, da ofensa etc. E é mais difícil de se conseguir, mas não impossível.
          A partir do momento que o homem entender o que é perdão, somente haverá amor para ser consumido. E assim viveremos eternamente o amor e o perdão de Deus, nosso Pai.

sábado, 9 de julho de 2011

VOTO: DIREITO OU DEVER?

          Por muitos anos o ser humano luta para conseguir direitos iguais. Houve mortes, perseguições, ideias que revolucionaram nossa História. Hoje conseguimos os direitos, como o de votar. O problema é que ele é um direito obrigatório, o que deixa de ser direito.
          Até pouco tempo atrás a população desconhecia o voto. Ninguém podia exercer seus direitos. A ditadura militar entre outros regimes adquiridos de 85 para trás foram um tanto negativos quando se trata do sufrágio universal. No período imperial do Brasil o voto era censitário, ou seja, somente ricos podiam votar, ricos e homens. As mulheres não faziam parte da vida política. Só serviam para ficar em casa e "cuidar" da família. O voto censitário era, ainda assim, minoritário, quando adicionamos o Parlamentarismo "às avessas", em que o imperador intervia nas eleições com o poder moderador. Antes disso (do período imperial) não havia voto (no Brasil).
          Com a proclamação da República, as esperanças começaram a brotar. A participação na política aumentou, o voto começou a florir, mas não nitdamente. Houve a intervenção da elite, provocando a "República do café com leite", em que só assumiam a presidência candidatos de São Paulo e Minas Gerais. Aí as coisas começam a sair dos eixos. Este é um dos fatores que resultaram na Revolução de 1930, em que Vargas assume o poder. Em 37 ele cria o Estado Novo, culminando sua ditadura Integralista, aos moldes do Fascismo. O voto, novamente vai por água a baixo. Em 1945, como fim da Segunda Guerra Mundial, Vargas deixa o poder com a frase "Voltarei nos braços do povo". E voltou. Com a maioria dos votos, assume novamente em 1950, sucedendo Eurico Gaspar Dutra. Suicidou-se misteriosamente em 1954.
         Os anos 1960 começam com o governo de Jânio Quadros, que "varreria" a corrupção do governo. Porém, em 1961 renuncia a vassoura e a passa para João Goulard, ou Jango, o primeiro presidente Comunista do Brasil. Neste período o mundo vivia a Guerra Fria, entre o mundo socialista e o capitalista. Então, o Brasil novamente sofre, agora por causa do partido de Jango. Temendo um "golpe comunista", e sendo apoiado pelos EUA, o Exército dá um golpe de Estado em 1 de abril de 1964, dia da mentira, substantivo muito presente neste período negro do Brasil.
           Mortes, torturas, prisões injustas. Tudo isso por um mísero partido e por interesses burgueses. O povo brasileiro novamente perde o direito ao voto. Com o fim da ditadura em 1985, o Brasil volta a respirar a democracia. Em 1989 houve a primeira eleição, manipulada, após a ditdura.E daí para cá temos o direito de votar. Mas agora fica a pergunta: se o voto é um direito, por que motivo somos obrigados a exercê-lo? Se é um direito, deveria ser optativo. Temos a opção de justificar, mas isso não invalida a pressão que sofremos para que exerçamos nosso direito-dever: o voto!

terça-feira, 5 de julho de 2011

RECOMENDAÇÕES

         Amigos do PROBLEMA SEUS
         Sobre a ordem prímax de vossa excelentíssima magnificência deste Blog, Duque Anderson Pereira de Caxambu, eu, um mero camponês (mas o majestade do pedaço) venho trazer algumas recomendações de sites e blogs para que você se sinta também um (a) majestade, podendo, dentro de nosso blog, escolher sobre algo fora dele! Que beleeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeza...!!!

http://aquelasrosas.blogspot.com/  o blog de vossa inteligência: Mariana Mendonça;
http://licemi.blogspot.com/  Asas da Imaginação;
http://deboanadg.blogspot.com/   mais um Blog que possui a participação de Mariana;
http://gianasirock.blogspot.com/   Blog do professor Rômulo;
http://primeirafonte.blogspot.com/  "Mídia inteligente, informação competente";
http://maonakumbuka.blogspot.com/    um Blog de Ana Laura Diniz;
http://porcaeparafuso.blogspot.com/     um Blog de Esther Lucio Bittencourt
http://serradasaguas.com/ ;
http://serradasaguas.com/index.php/component/content/frontpage.html ;
http://padrepauloricardo.org  Christo Nihil Praeponere
http://wwwupacaxambu-upa.blogspot.com

No mais, bom proveito!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

MARX: UMA INSPIRAÇÃO

          Por Caio Luiz Penha


           Queridos leitores do “Problema Seus”
           Estou de volta reiniciando minha coluna com um texto que trata da obra de Karl Marx, bem resumido, espero que gostem e que reflitam pois será princípio para os textos próximos sobre Caxambu.Até breve!
          O grande estudioso de diversas áreas da sociedade, Karl Marx soube criticar com excelência,o regente inabalável que reina uno e aclamado no século XXI até entre os simpatizantes do sociólogo. A sociedade européia, mãe, campo das primícias capitalistas e das teorias socialistas,abrigou no final do século XIX e início do século XX o florear de inúmeros movimentos de proletariado e de lideranças de cunho socialista, espalhando essa realidade por outros continentes. Os movimentos de ideologia socialista competiram arduamente com o capitalismo durante décadas do século passado.
          Entretanto é importante enfatizar que todos estes movimentos foram apenas produtos que utilizaram parcialmente da matéria prima que se faz nas teorias comunistas e socialistas para ilustrar, fundamentar, compor seu caráter e alterar o sistema capitalista. Desta forma entende-se que criando este novo “produto”, diferente do capitalismo, aparentemente socialista, falsamente adubo,princípio, caminhada para o comunismo através da apologia ao mesmo far-se-ia um mundo melhor...Apologia que cativou inúmeros seguidores jamais autênticos socialistas,comunistas.Portanto torna-se claro,evidente que o socialismo e o comunismo são combustíveis para motivar um mundo melhor alicerçado numa utopia que desencadeia melhorias sociais, todavia o que sempre reinará neste planeta com sua humanidade com suas contradições históricas, infelizmente será o capitalismo, ou mesmo algo oposto as crenças de Marx . Pois, ainda que “acabe” a propriedade privada, o estado, a desigualdade, o consumismo por algum período, considerando este homem, estes, deste século, sabe-se que, ao menos continuaram vítimas da liderança, da alienação, da desigualdade e da perspectiva que se tem de progresso, de prosperidade.
          Conclui-se com tudo isso que sem liderança não há progresso.Sem desigualdade genericamente não existe liberdade. Igualdade autêntica ainda não concretizamos por conseguinte é uma utopia, por tudo isso até então projeta-se cientificista a teoria de Marx,pois foi feliz ao analisar e constatar fatos sócias e deficiências do capitalismo, entretanto infeliz ao propor a “extinção do egoísmo humano”,operário dos burgueses conhecidos por: desigualdade, individualismo, competição,propriedade privada e consumismo.

sábado, 2 de julho de 2011

O CANTO QUE ENCANTA XVII (ABBA)

          Surgiu em 1972 o grupo ABBA, formado por Björn Ulvaeus, Benny Anderson, Agneta Fältskog e Anni-Frid Lyngstad.
         Em 1972 o produtor musical Stig Anderson ncorajou Benny e Björn a comporem juntos. Então, com Agneta e Anni, conquistaram o terceiro lugar no Festival Eurovisão da Canção. Desde então continuaram a compor, investindo em novos tipos de sons e arranjos vocais. Estes eram o destaque das mulheres.
         Novamente, em 1973, tentaram o Festival Eurovisão da Canção, e conseguiram novamente o terceiro lugar Também neste ano nasceu o nome "ABBA"
         Em 1974 tentaram o Festival Eurovisão da Canção, com inovações no estilo, como o Glam Rock, um estilo que nasceu no final dos anos 1960 e se popularizou e]nos anos 1970. Foi marcado pelos trajes e performances extravagantes. Com a música "Waterloo", alcançaram sucesso na Inglaterra e gragaram ao sexto lugar nos EUA.
         Em 1975 o sucesso aumentou. Todos os compactos eram tocados nas paradas; com o lançamento de "Mama Mia", sucesso na Inglaterra, a situaçãom ficou ainda melhor. Nesse meio tempo, a banda lançou o álbum Greatest Hits, apesar de só possuir cinco canções entre as quarenta mais tocadas nas paradas da Inglaterra e dos Estados Unidos. 
         O novo álbum, "Arrival",  representou um novo nível de complexidade e comprometimento tanto nas composições quanto no trabalho realizado em estúdio pelo ABBA. De "Arrival", surgiram vários sucessos, um após o outro, como "Money, Money, Money" e "Dancing Queen", o sucesso mais duradouro e conhecido mundialmente. Na época do lançamento, o ABBA já era extremamente popular na Inglaterra, em boa parte da Europa e também na Austrália  "Dancing Queen" foi o único sucesso do ABBA a atingir a primeira posição nas paradasdos EUA.

          Em 1978, o ABBA já gozava da fama de super astros. Naquele ano, o grupo lançou um compacto isolado, "Summer Night City", contendo a última canção deles a alcançar o primeiro lugar na Suécia. O compacto chegou próximo do topo nas paradas inglesas, mas deixou o terreno preparado para a jogada disco do ABBA com o lançamento de "Voulez-Vous", em 1979. Este álbum marcou uma leve diminuição da popularidade do grupo na Inglaterra e na Europa, mas trouxe a eles mais atenção por parte dos Estados Unidos. Mesmo assim, os sucessos que alcançaram as paradas foram vários, incluindo "Chiquitita", "Does Your Mother Know", "Voulez-Vous" e "I Have A Dream". Ainda naquele mesmo ano, o grupo lançou uma nova coletânea de sucessos, Greatest Hits Vol. 2, que trazia uma faixa exclusiva - "Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)", uma canção do grupo no estilo disco. Ainda em 1979, o ABBA faria uma turnê pelos Estados Unidos e pelo Canadá, tocando para públicos colossais, com enorme sucesso - mas talvez um pouco tarde demais.
Até 1979 uma série de turnês levou suas músicas de volta às paradas do Reino Unido, onde ficaram cerca de 160 semanas. Ao final da década, 150.000.000 de álbuns do ABBA tinham circulado pelas lojas de todo o planeta.
             O lançamento de 1980, "Super Trouper", trouxe e apresentou ao público uma grande mudança no estilo do ABBA, com uma presença maior de sintetizadores e letras mais pessoais. O álbum bateu um recorde na Inglaterra em relação à pré-venda. Mais de um milhão de cópias haviam sido reservadas antes mesmo do lançamento.
            O último álbum de estúdio do ABBA, The Visitors, de 1981, mostrava uma maturidade maior nas composições e também uma seriedade maior nos temas tratados, apesar da qualidade musical permanecer a mesma. Além da faixa título "The Visitors", que citava comunismo na União Soviética, as canções falavam sobre envelhecer, perda da inocência, um pai que observa seu filho crescer e outros assuntos semelhantes. As melodias e os arranjos ainda eram contagiantes, mas a mudança de estilo se refletiu numa queda nas vendas. O último compacto de grande sucesso mundial foi "One Of Us", que explodiu em dezembro de 1981.
               Embora a imagem do grupo nessa época fosse a de uma banda em declínio, o ABBA ainda atraia grandes multidões, principalmente na Europa, e até poderia ter seguido em frente se não fosse a tragédia pessoal da banda. Agora os dois casais estavam divorciados, situação que se reflectia em canções como "The Winner Takes It All" e "One Of Us".
                No verão de 1982 os integrantes da banda se reuniram para gravar um novo álbum, mas acabaram se decidindo pelo lançamento de um álbum duplo com todos os sucessos.
                À medida que os integrantes começaram a buscar novos projetos, o grupo foi gradualmente se afastando definitivamente. Benny e Björn colaboraram com Tim Rice na composição do musical Chess. Agnetha e Frida partiram para carreiras-solo.


sexta-feira, 24 de junho de 2011

UM ATO DE FÉ

           Um ato de demostração de fé e amor à Jesus e à Sua Igreja. Mãos calejadas, joelhos dobrados. O suor do povo de Deus caindo sobre as ruas. Neste dia, mais uma vez, podemos provar que somos capazes de conseguir tudo o que desejamos com a esperança em Jesus, nosso Salvador, que passou, nesta quinta feira, pelas ruas de todas as Paróquias deste mundo, levando a alegria, o amor, a misericórdia e o Espírito de oblação à nós, povo de Deus.
           "Venha a fé
             Por suplemento
             Os sentidos completar"
            Este trecho é de "Tão Sublime Sacramento", o qual cantamos em bençãos do Santíssimo Sacramento, Jesus, no Pão Eucarístico. Este tão belo trecho comprova que sem a fé nós somos um ou uma "qualquer". Sem a fé para nos revestir com a graça e o amor de Deus, nosso Pai, nós somos incapazes de crer que exista este Deus. Sem a fé nós entramos em qualquer caminho, nos deixamos levar pela maldade, pela irracionalidade, pela baixeza. A fé é o nosso suplemento, a nossa coragem, a nossa alegria e o nosso movimento. É ela que nos faz acreditar em Deus, o qual não vbemos, mas percebemos sua preseça pelos sinais que ele deixa através dos Santos, de Maria e do próprio Santíssimo Sacramento, Jesus Cristo, nosso Salvador. No céu não necessitaremos mais da fé, pois lá conheceremos a Deus tal qual Ele é. Aqui devemos seguir juntos, num só batismo, numa só fé, na fé de Cristo Jesus.
            Nesta quinta feira todos nós, povo católico, povo de Deus, cantamos esta tão singela melodia. Mostramos nosso amor à Deus e a sua Igreja enfeitando as ruas com tapetes para que Jesus sacramentado passasse. Deixamos nosso suor, deixamos nosso cansaço, deixamos nossa manhã para lá estarmos preparando o caminho da procissão. Tudo isto é dom de Deus! Ele nos deu a força para tecermos o tapete; nos deu energia para gastarmos em Seu nome.
             Que possamos demonstrar mais o nosso amor à Deus, assim como São João Batista, o qual batizou o próprio Senhor Jesus no Jordão!

"Ao Deus uno
e trino demos
a alegria do louvor"

domingo, 19 de junho de 2011

UM EXEMPLO NA LUTA PELA IGUALDADE E PELA PRESERVAÇÃO DA MATA: A HISTÓRIA DE CHICO MENDES

Francisco Alves Mendes Filho, Chico Mendes, nasceu em Xapuri a 22 de dezembro de 1944.
                Desde criança já trabalhava com seu pai nos seringais e via as injustiças e barbaridades cometidas para com os camponeses e seringueiros. Foi aprender a ler e a escrever somente aos vinte anos de idade, pois lá não havia escolas, e o conhecimento era restrito aos coronéis. 
                Começou com sua vida sindical em 1975. Participou ativamente das lutas contra o desmatamento e em defesa da posse de terra para os habitantes natos.
                Em 1977 participou do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e foi eleito vereador pelo MDB. Consequentemente começou a receber ameaças por parte dos fazendeiros. Em 1979 reuniu os sindicalistas, a população e os religiosos na Câmara Municipal, realizando um debate. Foi preso acusado de subversão e submetido a “interrogatórios”. Sem apoio, não conseguiu denunciar as torturas que sofrera nestes.
                Chico Mendes também contribuiu  para a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1980, com a intenção de envolvê-lo no assassinato de um capataz, envolvido no assassinado do líder sindical Wilson de Sousa Pinheiro, fazendeiros pediram seu enquadramento na Lei de Segurança Nacional. Com a morte de Pinheiro, Chico se torna o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. Candidatou-se à deputado estadual pelo PT, mas não conseguiu se eleger nas eleições de 1982.
                Liderou encontros; recebeu a visita de membros da ONU, conseguindo, assim, denunciar as práticas devastadoras da floresta; participou da implantação de reservas, as primeiras da Amazônia. Depois de tudo isso fora acusado de “impedir o progresso”. Mas não para por aí. Consegue a desapropriação da propriedade de Darly Alves da Silva, envolvido em seu assassinato. Daí surgem mais ameaças de morte. Mas Chico denunciava os autores publicamente, citando os nomes.
                Infelizmente, a 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta. Mas ele já sabia seu final, e, com certeza também sabia da grnde obra que deixou a nós, brasileiros.
                “Não quero flores no meu enterro, pois sei que vão arrancá-las da floresta.”
“Se descesse um enviado dos Céus e me garantisse que minha morte iria fortalecer nossa luta, até que valeria a pena. Mas a experiência nos ensina o contrário. Então eu quero viver. Ato público e enterro numeroso não salvarão a Amazônia. Quero viver.”
Chico Mendes

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PRECONCEITOS SEM CONCEITO I

          Preconceito. Uma previsão insensata do desconhecido. Basta um simples olhar de nossa mente poluída e dissimulada para que nasça pelo menos um broto de preconceito em nosso coração.
Fonte: Google Images
          Às vezes mal botamos a mão no fogo e já saímos dizendo que ele queima. Andamos pelas ruas com o nosso pensamento bitolado em nossa cabeça e esquecemos que existem mais pessoas no mundo, e que são muito diferentes de nós. Negros, brancos, homossexuais, bi., pan., ricos, pobres, mulatos, nordestinos, mineiros, pauistas, americanos, estado-unidenses, africanos etc. Existem pessoas de várias etnias, de várias opções sexuais, como as citadas anteriormente. Mas sempre queremos que valha a nossa tradição, e que o outro seja reprimido se não se aderir àquela. Não paramos para pensar que, se viajarmos para outro canto que não seja o de nossa cidade, seremos reparados pela população dquele local, como fazemos em nossa cidade, em nossa região, em nosso país. Para quê tanto preconceito? Devíamos antes conhecer a residência do outro, conhecer sua rotina e fazermos um relatório para que não saiamos de boca cheia dizendo borrachas da ida dos outros. Fofoca não leva à lugar nenhum, e sabão não resolve.
          Paremos e pensemos no mal que estamos causando à sociedade e à nós mesmos, membros desta mesma sociedade. Por hoje é só o que eu tenho para dizer. Agora, depois de devidamente apresentada a coluna, começarei a varrer (ou pelo menos tentar) o preconceito da minha vida e da vida dos que estão à minha volta, para que, num futuro breve todos nós possamos ser cidadãos iguais, como já dizia Geraldo Vandré em um de seus clássicos  "...somos todos iguais, braços dados ou não".
Até mais!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

FLASHBACK V

         No FLASCHBACK IV ESPECIAL a discussão foi sobre as aparições na Cova da Iria em 13 de maio de 1917, durante a Primeira Grande Guerra. Aproveitando o engajamento desta discussão com a Guerra, achei por bem que este post de hoje fosse um pouco relacionado ao anterior, que já trouxe algumas informações sobre o assunto, mas não o bastante para ser discutido.
         Uma guerra pelo Imperialismo. Uma guerra causada pela ambição e pelo capitalismo. Milhões de vidas perdidas. O milagre em Portugal. Os segredos. Faremos agora uma viagem pelos quatro anos da Primeira Guerra Mundial!
         A Grande Guerra teve início devido à inúmeros fatores, destre os quais podemos destacar:
I- A corrida armamentista entre a Inglaterra e a Alemanha, causando rivalidade entre as duas nações. Estas mesmas formaram fentes opostas na guerra;
II- O Pan-eslavismo defendido pela Rússia. Consistia na união de todas as nações eslavas, inclusive da região da Bósnia, pertencente ao reino austro-húngaro. Por este motivo, a Rússia queria a anexação da Bósnia ao seu território, causando o descontentamento da Áustria-Hungria. Como consequência houve o atentado em Sarajevo, capital da Bósnia, onde houve o assassinato do Príncipe Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia executado por Gabriel Princip, à mando russo. Isto gerou mais descontentamentos para o reino austro-húngaro, que se aliou à Alemanha;
III - O Imperialismo e o Nacionalismo. A busca constante dos países europeus por matéria prima e marcado consumidor, juntamente com o espírito nacionalista passado à população por meio da mídia sensacionalista gerou atritos entre as nações;
IV- A Guerra Franco-prussiana. Esta guerra teve como objetivo a unificação da Alemanha. Esta se deu por meio de uma declaração de guerra à França, promovendo a unificação das nações p´russianas na frente de batalha e sua consequente unificação. A França ainda saiu perdendo na guerra. Além de ser derrotada, perdeu a região da Alsásia-Lorena para a Alemanha, unificada sob o comando de Otto von Bismarck, o "Chanceler de Ferro";
          Existem outros fatores que demarcaram o início da Grande Guerra, mas os citados acima são os de maior importância. Por isso seguiremos em frente...
          Após o assassinato de Francisco ferdinando, a Áustria-Húngria esperou três semanas antes de decidir tomar um curso de ação. Essa espera foi devida ao fato de que grande parte do efetivo militar estava na ajuda a colheita, o que impossibilitava a ação militar naquele período. Em 23 de Julho, graças ao apoio incondicional alemão (carta branca) ao Império Austro-Húngaro se a guerra eclodisse, o Ultimato de julho foi mandado a Sérvia, e que continha várias requisições, entre elas a que agentes austríacos fariam parte das investigações, e que a Sérvia seria a culpada pelo atentado. O governo sérvio aceitou todos os termos do ultimato, com exceção da participação de agentes austríacos, o que na opinião sérvia constituía uma violação de sua soberania.
Por causa desse termo, rejeitado em resposta sérvia em 26 de Julho, o Império Austro-Húngaro cortou todas as relações diplomáticas com o país e declarou guerra ao mesmo em 28 de Julho, começando o bombardeio à Belgrado (capital sérvia) em 29 de Julho. No dia seguinte, a Rússia, que sempre tinha sido uma aliada da Sérvia, deu a ordem de locomoção a suas tropas. Os alemães, que tinham garantido o apoio ao Império Austro-Húngaro no caso de uma eventual guerra mandaram um ultimato ao governo russo para parar a mobilização de tropas dentro de 12 horas, no dia 31. No primeiro dia de Agosto o ultimato tinha expirado sem qualquer reação russa. A Alemanha então declarou-lhe guerra. Em 2 de Agosto a Alemanha ocupou Luxemburgo, como o passo inicial da invasão à Bélgica e do Plano Schlieffen (estratégia de defesa alemã que previa a invasão da França, Inglaterra e Rússia). A Alemanha tinha enviado outro ultimato, desta vez à Bélgica, requisitando a livre passagem do exército alemão rumo à França. Como tal pedido foi recusado, foi declarada guerra à Bélgica.
Em 3 de Agosto a Alemanha declarou guerra à França, e no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal ato, violando a soberania belga - que Grã-Bretanha, França e a própria Alemanha estavam comprometidos a garantir fez com que o Império Britânico saísse da sua posição neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4 de Agosto.
          A Itália, em 1914, entra na guerra ao lado da Tríplice Aliança, mas, em 1915 sai da guerra assinando o secreto "Pacto de Londres", em que ganharia algumas colônias em troca de sua saída.
         A partir daí começam as "Guerras de Trincheiras", onde foram utilizadas novas táticas de guerra. A higiene era pouca. Os soldados nas trincheiras sofriam com o frio e as necessidades que ali mesmo faziam. Metralhadoras eram espalhadas pelas trincheiras, bem como arame farpado e emboscadas. O avião e o tanque foram uma das inovações usadas no combate.
    Mas, em meio à esse desastre, algo inexplicável contece: no primeiro Natal da Guerra, os soldados saíram das trincheiras e cumprimentaram-se. Porém isso nunca mais se repetiu.
          Em 1917 a Rússia deixa a guerra devido à "Revolução Russa", em que foi implantado o Estado Socialista naquele país por Lênin. Voltaremos à este episódio numa outra ocasião. Também em 1917 acontecem as aparições de Maria Santíssima em Portugal, alertanto ao povo sobre os desastres da guerra e suas consequências aterrorizantes. É neste ano, também, que a coisa começa a esquentar para o lado da Tríplice Aliança. Com a saída da Rússia da guerra, a Alemanha, sem mais o apoio do reino Austro-húngaro, ainda resistia. Mas perdeu o fôlego com a entrada dos estados Unidos da América na guerra.
          Então, a 11 de novembro de 1918 um armstício é assinado, selando a Primeira Guerra Mundial. O Reino austro-húngaro é dissolvido, gerando novas nações. A Alemanha é acusada pelos crimes de guerra. É desmilitarizada, perde 1/7 de seu território (incluindo a Alsásia-Lorena) e tem de pagar indenização aos aliados. Estas sentenças gerarãofatores para o surgimento do Nazismo, e da consequente Segunda Grande Guerra.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ATLETAS DO BRASIL

 Em entrevista com atleta caxambuense Nelson Henrique Gonçalves Fernandes, mais conhecido pelos amigos e familiares como “Nelsinho” ao Portal Serra das Águas.com
Serra das Águas: Você é o único atleta brasileiro na sua categoria a disputar o mundial de atletismo na França?
Nelsinho: Bom, o índice para se classificar para o mundial na França segundo a Confederação Brasileira deAtletismo (CBAT), em minha modalidade que é o arremesso de peso é de 18,64 metros, eu consegui alcançar a marca de 18,72 metros, esta marca me confere o direito de participar do mundial na França. No momento posso dizer que sou o único brasileiro na minha categoria que vai para a França disputar o mundial, mas pode ser ainda que algum outro atleta consiga este índice.
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Serra das Águas: Quando é a viagem para França e como você conseguiu se classificar e onde?
Nelsinho: As competições na França começam entre 5 e 6 de julho e devem durar até o dia 26 de julho. Eu consegui me classificar baseado na media do 12º colocado mundial, o local foi em São Paulo no Centro Olímpico Ibirapuera.

Serra das Águas: Você faz parte de alguma federação?
Nelsinho: Eu sou filiado ACEM em São José dos Campos.

Serra das Águas: Quais são os seus objetivos e sua inspiração?
Nelsinho: Meu objetivo é treinar forte para poder disputar as Olimpíadas de 2016 no Brasil e melhorar o país em que vivo e no futuro ter uma escola de arremessos de peso e assim fazer a minha parte, afastando os jovens das drogas. Minha inspiração vem de todos os campeões mundiais, pois de qualquer lugar pode sair um campeão, outra inspiração é meu pai que sempre me apoiou. Me sinto continuando a carreira de meu pai, que para mim sempre foi um grande atleta, mais na época em que disputava não havia incentivo algum e por motivos de lesões no joelho ele teve que abandonar o esporte.
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Serra das Águas: Você tem algum patrocinador?
Nelsinho: Bom, a cidade de São José dos Campos me dá uma bolsa, que na realidade não é uma bolsa, sou contratado e ganho um salário, mas para isto tenho que treinar sempre.
Serra das Águas: E quanto aos custos com transportes, viagens, hospedagens e alimentação?
Nelsinho: Quem arca com todos os custos é a Federação Brasileira de Atletismo
Serra das Águas: A prefeitura de Caxambu te ajuda, e em que?
Nelsinho: Bom, gostaria de elogiar aqui o secretário de esporte de Caxambu Rafael, que sempre que preciso me sede o ginásio para treinar e me ajuda com transportes.
Serra das Águas: Para um atleta do seu nível que conseguiu índice para disputar um mundial, a prefeitura de sua cidade não tem te ajudado pouco?
Nelsinho: Acredito que o secretário de esportes faz tudo que está ao alcance dele.
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Serra das Águas: Faço esta pergunta, porque acho estranho um atleta com o seu potencial, ter que buscar recursos em outro estado?
Nelsinho: Na verdade, infelizmente, hoje a prefeitura de Caxambu não dispõe de locais apropriados e nem verba para a prática do meu esporte.
Serra das Águas: Você no momento participará de alguma competição?
Nelsinho: Nos dias 18 e 19 de junho vou participar do brasileiro de atletismo em São Paulo.
Serra das Águas: O que você diria para aqueles que estão começando no esporte?
Nelsinho: Nunca desista, busque sempre os melhores resultados em qualquer modalidade que pratique.
Serra das Águas: O que significa a família para você?
Nelsinho: Sem a família, não há apoio, foi fundamental pra mim o apoio de meu pai, minha mãe e minhas irmãs.
Serra das Águas: E para aqueles que não têm família, o que você fala?
Nelsinho: Que não desistam nunca de seus sonhos, que procurem sempre o melhor, pois existem vários bons exemplos de campeões que não tiveram o apoio da família.
Serra das Águas: Qual a mensagem que você gostaria de passar?
Nelsinho: A mensagem que gostaria de passar não é só para Caxambu, nem para o Brasil, mas para o mundo inteiro, qualquer cidadão pode ser um atleta, precisamos e divulgar melhor o atletismo em nosso país e diversificar, saindo um pouco da esfera do voleibol e do futebol.
Curiosidades citadas por Nelsinho durante a entrevista:
A bola que ele disputa o campeonato mundial tem o peso de 5Kg, no ano que vem ele entrará na categoria juvenil, cuja bola tem o peso de 6Kg. Já na categoria adulto a bola pesa 7Kg e 250 gramas, Nelsinho treina com uma bola de 9Kg. Nascido em 1994 tem hoje a idade de 16 anos, é caxambuense.











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Fonte: http://serradasaguas.com





quarta-feira, 8 de junho de 2011

CENA OUVIDA

          Coloquei o meu pensamento naquela cena que não vi, mas ouvi, enquanto estava debruçado debaixo da sombra de uma árvore,   ipê-amarelo para ser mais preciso. Meu pensamento, relembrando aquela cena que não vi, mas com o escutar das palavras de Abelardo pude imaginar o quão belo seria se eu pudesse estar naquela hora para ver o ato de minha amada e me explodir de felicidade e amor, que latejam sem parar sempre que a vejo, tomou formas e viagens. Não consegui dormir debaixo daquela árvore. A paisagem linda, o vento, os raios solares e o mastigar da égua Jóia, minha companheira de viagem, não me deixaram cair ao mundo dos sonhos. Mas foi bom que isso não tenha acontecido. Olhei para o céu, de um azul vivo e tímido, igual aos olhos de Maria. Maria, sempre tímida em seus atos, uma pessoa extremamente de coração puro e bom. Sempre pronta para ajudar. Louvo isso, aliás, não só louvo como amo.
          A hora foi passando e nem me dei conta. Estava tão fixado na cena que ouvi da boca de Abelardo, dizendo da timidez de Maria, que nem me dei conta de que o sol estava se pondo. O céu estava ficando avermelhado e de que amanhã iria ver aqueles olhos me fitando timidamente por alguns segundos, e quando eu olhasse, eles se desviavam para outro canto. Mas logo percebi e fui embora. Não me preocupei em me despertar do pensamento, pois Jóia já sabia o caminho de volta para casa. Aliás, ela, mais do que eu, conhece na ponta da língua cada parte de mata desta estância. Então fomos para casa. Eu estava longe, com o pensamento voando alto como uma águia, mas encantador como um beija-flor. Jóia parou. Eu me assustei, mas logo voltei à tona e vi que estava no curral da estância e que Jóia esperava anciosamente por um pouco de milho para poder ir embora. O frio fazia com eu eu me tremesse todo. Mas logo me reconfortei com o fogão à lenha aceso que vovó deixou com a janta pronta, esperando por um esfomeado maluco que fora para longe para relebrar a cena que não viu, mas ouviu.