segunda-feira, 29 de agosto de 2011

FLASHBACK VI

          Muito feliz fico com o grande número de acessos à postagem "Coronelismo e Atualidade", e por isso resolvi escrever mais alguma coisa do gênero. E nada melhor do que volarmos aos tempos da proclamação da República, onde foi dado um golpe para que se implantasse a democracia! Que coisa, não? O tema já foi revelado: República Velha.
           Quinze de novembro de 1889. O movimento republicano liderado pelos oficiais do exército termina com êxito, destronando o imperador Dom Pedro II, e implantando a democracia no Brasil. "Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada!" - diz Aristídes Lobo em seu artido no "Diário Popular de São Paulo". Foi estabelecido um "Governo Provisório", tendo como presidente o Marechal Deodoro da Fonseca.
           Neste período de governo, houve:
 - a separação de Estado e a Igreja;
- a nomeação de governadores dos estados brasileiros;
Cartaz da República do café com leite
- a criação de uma nova bandeira para o país, com o lema, positivista, "Ordem e Progresso";
Getúlio Vargas: governou provisoriamente por 15 anos
- a criação da Lei de imprensa, que censura os jornais, em que militares poderiam julgar as manifestações da liberdade de expressão.
            Em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira Constituição republicana, baseada na dos Estados Unidos da América e com influências do Positivismo (lembrando que o povo brasileiro somente foi escolher o sistema de governo em 21 de abril de mil novescentos e noventa e três). As manifestações em prol da volta da Monarquia eram reprimidas pelo governo.
              Os "organizadores" da vida política mantendo contato com a população eram (e são) os respeitosos coroneis. Geralmente fazendeiros e líderes da Loja Maçônica local, garantiam os votos locais dos governadores, em troca do apoio de suas lideranças em seus municípios, nos quais detinham grande poder devido à Constituição de 1891 ser descentralizadora, dando mais autonimia aos estados e municípios. Não costumavam ocupar os cargos públicos, porque eram eles mesmos que indicavam os candidatos (daí a expressão "voto de cabresto"). Quem saísse dos padrões era reprimido.
               O período da República Velha foi marcado também por grandes revoltas como a Guerra de Canudos, a Revolta do Contestato, a Revolta da Chibata, a Revolta da Vacina, o Movimento Tenentista, a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana e a Revolução de 1930, findando a República Velha.
     - A revolta de Canudos se deu pela incomodação do governo pela nova cidade, independente, que se formava. Depois de  batalhas sangrentas, o governo conseguiu tomar Canudos, dias depois da morte de Antônio Conselheiro, o líder Messiânico do arraial;
     - A guerra do Contestado previa a separação de Santa Catarina (ou Contestado) do estado do paraná;
     - A Revolta da Vacina se deu pela vacinação obrigatória contra a Varíola; 
     - A Revolta da Chibata se deu pela revolta dos marinheiros contra os castigos desumanos que sofriam;
     -  O movimento tententista se deu pela indignação de soldados com a situação política do Brasil, cuja primeira revolta foi a dos 18 do Forte de Copacabana.
     Durante a República Velha, surgiu a "República do Café com Leite", em que somente se elegiam candidatos de São Paulo e Minas Gerais. Em 1930 era a vez de Minas assumir o poder, com o candidato Antônio Carlos. Porém, São Paulo lançou Julio Prestes para concorrer, o que não acontecia, gerando desavenças. Então, com estes e outros fatores, é declarada uma revolução que colocou fim à República do café-com leite e da República Velha: a revolução de 1930. Depois, Getúlio Vargas sobe à presidência e lá permanece provisoriamente por quinze longos anos.
               

              
              
 

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