sábado, 30 de abril de 2011

PÕE NA TELA! V

      Bem, companheiros, para a alegria de muitos e para a tristeza de tantos outros, a PÕE NA TELA voltou. Nada de especial para recomeçar nesta data, nada me chamou a atenção. Nem mesmo o casamento real. Não gosto muito de puxasaquismo, nem de chapéus esquisitos. Já ouve até conversa (pelo menos aqui na minha pacata até a próxima eleição, se Deus quiser, cidade) de que o Brasil tinha de ter um rei. Já teve, e não foi bom, não foi mesmo! Retomando o que eu havia dito, somente voltei porque minha inspiração voltou hoje, e minha alienação finalmente baixou, possibilitando que eu formulasse algo do tipo na minha suada memoriazinha. Há tempos não venho ao Blog para escrever algo com firmeza. Mas não é por vagabundagem, nem por ameaças, é por falta de tempo mesmo. Estar no segundo ano do Ensino Médio não é fácil. Aos que ainda não chegaram: se preparem...  Mas... vamos logo ao que interessa de verdade, por na tela do computador as barbaridades, as emoções, as belezas (afinal a televisão nem sempre passa coisa ruim) da televisão, afinal, imparcialidade em segundo lugar, primeiro vem a opinião!
     Desde o Carnaval que não escrevo. A Alienação me dominou um pouco, então tive de me remediar. Agora, depois de sentir um raio me trastassando, minha voz voltando a ser um trovão, de TENTAR impedir pessoas de Botar a Bitola nos Bobos, de entristecer-me ao ver as recópias rebeldes e um tanto mal-feitas, de sentir um amor e este fazer brotar uma revolução dentro de mim, decidi voltar. Acho que já resumi quase tudo que is escrever neste parágrafo, mas tudo bem....às vezes me impolgo e acontece isso.
     Falando em raio e trovão, mais um clássico da Rede Manchete se foi: "A História de Ana Raio e Zé Trovão", um sucesso em 1990/1991 e sucesso também em 2010/2011. Aliás, tudo que a Manchete produzia era bom (não querendo puxar o saco). Um exemplo foi Pantanal, que bateu quase 40 pontos de audiência contra a líder no Ibope, isso nos anos 80/90, anos de sua primeira exibição. Mas, como o que é bom dura pouco, a Manchete nos deixa em 1999. E deixa um presente: a sua filha, não tãããão boa como a mãe, mais chula, eu diria. Tá aí uma homenagem à saudosa e cultural Manchete. E ao SBT, por repassar novelas culturais para nós, quase sem nada de cultura. Comparando as novelas da Manchete com as de hoje, dá de mil à zero para a Machete. Antes se passava o modo de vida em um determinado lugar ("Pantanal", "Amazônia"), se mostrava a realidade em cada cidade desse nosso país ("A História de Ana Raio e Zé Trovão") e trazia um pouco de História ("Xica da Silva", "Mandacaru"). Hoje as novelas só trazem violência, consumo de drogas não trazem mais cultura, pois isso não é cultura! A ÚNICA novela destes tempos que me chamou a atenção é "Amor e Revolução", uma produção do SBT, não muito famoso em novelas. Mas ali tem cultura. Só sei que tem gente que deve estar ODIANDO esta novela. Se você quiser saber o porquê, leia um livro de História!!


   Abraços e até mais!


        

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O CANTO QUE ENCANTA XIV (ALAN JACKSON)

     Alan Eugene Jackson nasceu em 1958 em Newman, Geórgia. Em sua juventude ouvia principalmente música Gospel. Sem este não era muito fã demúsica. Cantava na Igreja quando criança e vivia com sua família numa casa pequena. Sua mãe mora lá até hoje. Trabalhou numa sapataria como primeiro emprego. Escreveu sua primeira canção em 1983.
     Em 1988 assina seu primeiro contrato. Em 1989 lança "Blue Blooded Woman". O segundo álbum foi "Don't Rock the Juke box", lançado em 1991, continha músicas como "Someday" e "Dallas". "A lot about livin (and a little bout love)", seu terceiro álbum ganhou o CMA em 1994 e prêmios de single e canção do ano. "The Greatest hits collection", lançado em 1995 continha 17 sucessos, duas músicas novas e a música "Home". Destacou-se entre outros sucessos ao longo dos anos 1990.
     Nos anos 2000 decide sair do Contry e investir no Pop. A música "Murder  on music Row", que faz uma crítica ao estado da música Contry, causando um debate entre a comunidade deste estilo musical. Apesar de não ter sido lançada oficialmente bateu um recorde no Hot Contry Singles. Jackson e George Strait foram convidados para abrir a academia 2000 do Contry Music Awards. Após o atentado de 11 de setembro de 2001 Jackson fez uma música: "Where Were you when the World Stopped Turning", homenageando os mortos do atentado.
fonte: www.yallwire.com
     Em 2006 lança um álbum Gospel, à pedido de sua mãe. O álbum não fez sucesso como os outros tabalhos de Jackson. Em 2008, voltando às suas raízes lança "Good Time". Em 2010 foram lançados mais trabalhos e em março deste ano foi à Austrália para uma apresentação.

domingo, 24 de abril de 2011

ALEGREMO-NOS E N'ELE EXULTEMOS!

  "Este é o dia que o Senhor fez para nós! Alegremos e n'Ele exultemos"
   De fato, este é o dia que o Senhor Deus fez para nós, pecadores, pois fez brilhar a Luz, fez brilhar a razão de nossa existência, fez brilhar o Pão Eucarístico, Jesus Nazareno. Este mesmo Jesus que, três dias antes havia sido martirizado, ridicularizado perante todos. Fora obrigado a carregar uma pesada cruz e foi pregrado nela. Foi traído por um de seus discípulos e negado por outro. Sua Santa Mãe agonizava, chorava a dor de ver seu filho sendo crucificado e sendo motivos de xacotas pelos guardas do pretório que zombavam dele dizendo "Salve rei dos judeus".
   O Cristo nada fez, não moveu nenhuma palha contra estes que zombavam dele. E no terceiro dia ressuscitou. E deixou para nós um grande presente: a sua Igreja. A sua Igreja que renova a cada dia aquilo que Ele pediu que os Apóstolos fizessem: "Tomai e comei, isto é o meu corpo. Tomai e bebei, isto é meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em minha memória".
    Que nesta Páscoa lembremo-nos que este é o dia que o Senhor fez para nós e que tenhamos alegria nisto. Esqueçamos de ovos. De nada valem ovos sem o espírito de Cristo ressiscitado, pois os ovos simbolizam a Partilha, o que Cristo pediu que fizessem em Sua memória, que pártilhassem Seu Corpo e Seu Sangue!

   Uma feliz Páscoa à todos vocês!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

VIA SACRA

    Um dia veio ao mundo para nós
    Aquele que é o nosso Salvador
    Que se encarnou no seio da Virgem
    Aquela que lhe deu tanto amor.


   Veio trazer o amor
   E seu nome era Jesus
   Mas achavam ser ele um impostor
   E pregaram-no na Cruz.
 

   A Mãe chorava de agonia
   O Céu num breu se transformou
   Mas logo voltou a alegria
   Quando Ele ressuscitou.


   A Paz enfim chegou
   Ele foi p'ro Céu
   E nos deixou dois presentes
   A Tua Igreja Una e Santa
   Que move quase todas as gentes
   E a tua própria Presença
   No coração dos Clementes.

sábado, 16 de abril de 2011

O CANTO QUE ENCANTA XIII (TRIO DE OURO)

Formação original do Trio de Ouro
     O "Trio de Ouro", formado originalmente por Herivelto Martins, Nilo Chagas e Dalva de Oliveira lançou-se em carreira em 1937. Naquela época Herivelto havia formado com Nilo a dupla "Preto e Branco". Nilo substituía o primeiro parceiro de Herivelto, falecido em 1936. No mesmo ano conheceram Dalva no Cine Pátria, onde trabalhavam. Então começaram a ensaiar juntos.
     Logo as apresentações começaram. Se apresentavam como "Dalva de Oliveira e a dupla Preto e Branco", gravando assim, o primeiro disco, com a música "Itaquari" e a marchinha "Ceci Peri". Nesse ano o trio foi contratado para o programa de César Ladeira. Em 1938 assinaram contrato com uma gravadora e gravaram os primeiros discos com um conjunto musical de choro. Esta foi a primeira vez que o nome "Trio de Ouro" (denominação dada por César Ladeira, que durante uma apresentação afirmou ser esse um "trio de ouro") apareceu num disco. Neste mesmo ano Dalva e Herivelto se separaram.
     Em 1940 passaram a atuar numa emissora de rárdio. Alcançaram sucesso com "Praça XI" e "Ave Maria no Morro", em 1942.
     Em 1950 o trio se desfez em sua primeira formação. Herivelto refez o conjunto com Noemi Cavalcanti. Em 1952 o trio se desfez novamente, com a saída de Noemi e Nilo, que decidiram formar uma dupla. Mas o trio se formou novamente, com Herivelto, Raul Sampaio e Maria de Lourdes Bittencourt, a esposa de Nelson Gonçalves.
Novo Trio de Ouro, com Raul Sampaio e Lourdes Bittencourt
     O novo trio estreou com a regravação de "Ave Maria no Morro". Nessa época andaram pelo norte do Brasil, São Paulo e Minas Gerais. Se apresentaram na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
     O trio começara a entrar em declínio em meados dos anos 1950. Lançou seu último disco rm 1964, com o samba "Capital do Samba", homenageando os 400 anos do Rio de Janeiro. Depois o trio se desfez, devido aos problemas de saúde de Lourdes Bittencourt, que viria a falecer em 1979.
     Nos anos 1970, com Shirley Dom como solista, voltaram a se apresentar. Se apresentaram pela última vez no aniversário de 80 anos de Herivelto.
     Em 2010 a rede Globo de televisão produziu e exibiu a microssérie "Dalva e Herivelto-Uma canção de amor".










Até mais!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O VALE FLORIDO DE AMOR...IV

 Por Caio Luiz Penha
Colaboração de Pedro Pereira



A Comunidade Católica se prepara neste tempo quaresmal para celebrar a paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo! Celebrar, com um fervor a mais, pois na torre da Igreja gradual, entretanto vibrantes, os sinos, que cativam, convidam o povo de Deus, já a um século para com ele enaltecer e celebrar o mistério divino ressoam! Era assim também na pequena Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Caxambu, pertencente à Paróquia de Nossa Senhora do Montserrat, de Baependi.

A pequenina capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, em favor das águas miraculosas, sustentava, ardentemente, a Fé Católica em Caxambu. A fé era grande, o respeito à  Deus e à Igreja também. Portanto, todos, a cada dia e/ou a cada semana comungavam o Cristo Vivo e Sacramentado, Caminho, Verdade e Vida.

         A vila foi crescendo, aos poucos se transformava numa cidade inspirada no poder de Deus sob a interseção da Virgem. Já não havia mais espaço na Igrejinha. Não havia sequer casa para os sacerdotes repousarem. Os recursos monetários eram poucos. Entretanto pelo Boníssimo Deus e à grandiosa alegria de Nossa Senhora, um homem fervoroso na Fé, alicerce do catolicismo nos tempos do remoto desta estância, exemplo para contemporaneidade, surgia. Seu nome: José da Costa Guedes, ou simplesmente Costa Guedes.

Pessoa magnífica, eminente, de atitude e amor à Igreja, e a vila que conduzia a cidade, Costa Guedes ofereceu a sua casa, ao lado da Igreja para abrigar os sacerdotes que vinham celebrar a Santa Missa. Vendo que a Igreja precisava ser majorada, criou um livro de ouro, e o levava para onde ia. Ela foi aumentada, remodelada.     

Por pouco tempo os sinos ainda estão intimidados. Este veículo Cristão Católico de todos os tempos, som, eco familiar ao mundo inteiro, infundido sob a égide de Deus em breve ressoará sob este rincão. Calou-se o sino! Calou-se a Fé Católica? O sino incomoda? Mais do que ninguém ao demônio. Este é contra ao Catolicismo, ao Cristianismo. A tristeza domina o interior do povo caxambuense ao ver pessoas que tratam a Igreja como um órgão qualquer, como uma residência, ao invés de respeitá-la e contemplar sua essência e envolvimento sócio-espiritual. O que nós, povo de Deus devemos fazer? Perdoar. Já dizia o Cristo quando traçava a Terra com seus braços, pregados na Cruz:: “Perdoai-os, Senhor!Eles não sabem o que fazem”.
 

Novidades






Amigos peço desculpas por ter demorado tanto para postar no blog, não foi falta de assunto ou esquecimento foi por falta de tempo mesmo.


agora mudando de assunto voltando ao tema de tecnologia estou aki para aresentar a vocês :


Dead Rising 2


O melhor: Projetar armas e não ter misericórdia | O pior: A lerdeza de Chuck frente aos psicopatas

Talvez a melhor definição para “Dead Rising 2” é a de um game esperto, mesmo que não seja completamente desprovido de falhas. Desde a sua concepção – que permanece muito parecida com a do game original – até a capacidade de fundar armas bizarras, divertidas e brutais, há uma astúcia na produção.

Se você é um daqueles que nunca se aprazerou em destruir um milhão de zumbis no primeiro “Dead Rising”, vale saber que, além de missões cativantes, o jogo se sobressai por conta de sua ação vândala, em que qualquer objeto pode ser transformado em recurso para a extinção de mortos-vivos.

E tenha certeza: milhões deles podem aparecer na tela ao mesmo tempo. Dead Rising 2 mantém este mesmo mandamento: “Não deverás ter pena do jogador”. O coro de gamers responde: “Cai ni mim”.

Dois anos após da aurora do apocalipse zumbi, Chuck Greene, estrela televisiva do programa “Terror is Reality” (Terror é Realidade), se vê em uma arapuca e presencia sua única filha sofrer uma mordida de um zumbi.

Se por um lado, o fato pode parecer à desgraça completa (já que a menina deve se juntar à multidão faminta por cérebros), Chuck tem duas vantagens: a primeira é que existe uma cura, que precisa ser administrada a cada hora; a segunda é que ele está acostumado a lutar. Mentalize o protagonista como um tipo de gladiador, que ganha a vida por meio de genocídio de zumbis na TV. Isto é, ele não pode ser chamado de despreparado.


Ligue os pontos

A diferença é que, enquanto o primeiro game permitia que 800 criaturas decadentes eclodissem em sua tela, a Capcom afirma que “Dead Rising 2” pode renderizar cerca de seis mil comedores de cérebro ao mesmo tempo. Parece ser próximo da realidade, apesar de não haver tempo para contar todos eles e sobreviver. Claro, a quantidade de oponentes faz com que os gráficos de “DR2” sejam somente bons, nada surpreendentes, e com algumas questões no framerate.

Porém, a nova quantificação de inimigos faz com que a jogatina demande uma atenção constante, e cada matança rende pontos de experiência e novas habilidades. O que pode parecer estranha é a progressão dos níveis, que se acumulam mais rapidamente no começo do jogo, e esfriam ao longo das horas. Há, portanto, uma temporalidade esquisita, que não atrapalha muito, mas que deixa um gosto esquisito no avanço das suas aptidões.

Porém, o título é exatamente o que você espera: uma carnificina desenfreada, em que você troca de armas como muda de roupa, e cheio de detalhes. A caracterização da cidade (baseada em Las Vegas) é benfeita, e cada parte do cenário ganha uma atenção especial.

Mas, o que interessa, na realidade, é a vasta possibilidade de armamentos, entre os que já existem espalhados por lá, como tacos, guitarras, serras-elétricas, arminhas que água; e aqueles que você pode construir.

Que tal encher um balde com furadeiras e atirá-lo na cabeça de um zumbi? É possível. Assim como luvas de boxe personalizadas com facas, uma bola condutora de eletricidade, uma frigideira fervendo, entre outras. Você deve passar grande parte do jogo realizando experimentos bizarros e bem festivos, desde que aprenda as receitas certas.

Jogabilidade : Alta

Prazer de matar mais de 1 milhão de zumbis : Inenarravel


abraço ai galerinha




domingo, 10 de abril de 2011

O PREÇO DA LIBERDADE

    - Teu pai, Belardo? É o Zé Caré!. Seu nome verdadeiro era desconhecido, pois foi arrastado da Àfrica para o Brasil, com o objetivo de trabalhar nas lavouras de café. Portanto, quem organizou a chegada dos africanos não se preocupou muito com o nome, fazendo, assim, que fossem "rebaizados", como, de fato foram. Zé era um escravo muito dedicado (na realidade, todos têm que ser, senão, pelourinho na certa), sempre deixava seu Fulgêncio com um sorriso nobre. Sempre fazia seus trabalhos com louvor e muita laboriosidade, sempre acreditando, como todo bom escravo, que seria um dia, alforriado por seu patrão. O que Zé Caré nunca desconfiara, pois convivi com ele toda minha infância e juventude, era que a Lei Áurea existia. Mas ninguém, ou pelo menos ninguém dos donos de estância que eu conhecia, respeitava a Lei. O capitalismo era forte entre os Barões. Ainda bem que existe Karl Marx, para tentar mudar esta ideologia.
     - Mais voimicê tamém é Barão, dotor - indagou Belardo. Mas logo o repreendi, dizendo em tom forte:
     - Vosmecê nunca mais repita isso. Sou contra o que os Barões fazem. Deixe eu continuar contando...
     Um dia, Bá, a mucama da casa, estava comentando com outra mucama, ambas alforriadas, sobre a Lei Áurea. Só que foram descuidadas. Logo Zé escutara o fato e indagou:
     - Quié qui voimicê disse, Bá, repete.
     -Disse nada não, Caré. Vai  trabaiá. O Sinhô Barão tá aí, homi, a num sê qui voimicê quer ir pro pelurinho.
     - Não, muié. Eu escutei bem, voimicê falô de uma lei que dá liberdade pa nóis.
     - Já lhe disse que num é isso, sô. Agora vai trabalhá porque o sinhô tá aí.
   Depois de muita insistência Zé Caré deixa Bá "se aquietar" e volta ao trabalho nas lavouras de café. Ficou remoendo este comentário grandioso a noite toda também. Pela manhã, seu Fulgêncio o chamou até a casa grande, para irem à Vila de Ouro Grande. Zé foi até a casa grande. Seu Fulgêncio, então, disse-lhe:
     - Caré, levar-te-hei para  a cidade comigo, para conhecê-la. Queres ir?
     - Sim, sinhô. Eu nunca que ia imaginá que um dia arguém ia me levá na cidade, uai - respondeu o pobre escravo Caré, com sua face alegre. Então foram.
   O que o pobre Zé Caré não imaginava era que iria ser vendido. Iria se separar de Bá, que é como uma mãe para ele. Iria se separar de mim, um dos seus melhores amigos. Iria se separar do seu povo, para trabalhar forçado numa outra estância de um outro coronel ganancioso, igual ou pior que meu pai. Logo que disse a palavra "pai", Belardo me repreendeu perguntando:
   - Mai voimicê é filho daquele tirano?
   - Infelizmente - disse à Belardo. -Não pedi para nascer dele, mas, se não tivesse acontecido assim, vosmecê ainda estaria trabalhando nas lavouras do seu Fulgêncio, que ainda não faleceu. Dizem que vaso ruim não quebra fácil, foi por isso que meu pai, ou melhor, seu Fulgêncio ainda não falecera. Levando o pobre Caré até a venda do Irineu, seu Fulgêncio disse à um outro Barão que ali estava. Posso dizer-te tudo isto com clareza, pois mamãe não autorizava papai sair da estnância desacompanhado por um dos filhos. É raro uma mulher mandar tanto num homem como mamãe mandava no seu Fulgêncio. Mas mamãe era uma mulher de peso.
   - Por que "era", Dotor?
   - Mamãe morreu há alguns anos, não suportou a tirania coronelista conservadora de seu Fulgêncio.
   - Diacho! Voimicê não há de falá mesmo como era esse seu pai hein? Voimicê pode falá algo dele para mim?
   - Esqueci que vosmecê não o conheceu. Tinha três anos quando o tirei daquela casa. Afinal, eu, com vinte anos, já podia sar de casa, sem ter algum capanga do Fulgêncio atrás de mim. Vosmecê se lembra de como foi nossa fuga, não?
  - E como podia esquecê, dotor!
  - Ótimo, agora, vamos voltar à história de seu pai.
  Meu pai perguntou ao Barão de Nova fé se ainda estava interessado em comprar alguns escravos. O Barão disse que sim. Então meu pai, com um sorriso imenso, como quem tinha fechado um grande negócio, disse:
  - Muito bem, Ferreira. Trinta contos de réis nos negros, e ainda lhe dou o Caré, o meu melhor negro. O que me diz?
  - Aceito - respondeu o Barão, algegre com o bom negócio. os únicos que não estavam alegres eram eu e teu pai. Eu tentei reverter a situação, mas meu pai não me dava ouvidos, e sim, pontapés.
  - E o pai, dotor? E o pai? - perguntou o pobre Belardo.
  - Somente via lágrimas nos olhos de teu pai, meu caro. Ele chorava porque não iria ver-te nunca mais. A saudade batia forte em seu coração. E eu o abraçava fraternalmente, sendo, consequentemente, o alvo dos olhares brancos, capitalistas, coronelistas e preconceituosos da venda do velho Irineu. Mas não me importava. queria consolar meu amigo naquela hora, ignorando a todos. Então, Caré se foi. Já não havia mais nada para se fazer. Eu e seu Fulgêncio voltamos para a estância. O Barão voltou à sua vidinha pacata. E eu fiquei tramando um plano para, junto com teu pai, libertar es negros da senzala. Mas...
   - Mais o quê, homi de Deus! Fala logo o que fizero com meu pai p'eu chorar o que eu não chorei todos esses anos que passei nesta casa, escondido do teu pai, até a República chegá ou saí ou sei lá o quê!
  - Teu pai voltou para a estância junto com o Barão de Nova Fé. Lá chegando, foi direto para o peliurinho, à mando do próprio Barão.
  - Mas o que aconteceu, Ferreira? O que o Caré fez?
  - Nada. Somente ele e mais um talzinho chamado "Irmão do Quilombo" libertaram todos os negros da redondeza. Muitos coronéis estão no prejuízo. Quero meus contos de réis de volta. Arque com os prejuízos também. Passar bem! E se foi. Meu pai, de tão furioso, resolveu ele próprio chibatar teu pai.
  - Desgraçado! Ele não vai morrê tão cedo, dotor, não deixa! Ele vai pagá por tudo que fez! Aqui nesta vida! - Choramingou Belardo.
  - Teu pai mesmo disse que era para mim levar-te comigo se algo acontecesse com ele. Ele já sabia o seu fim. Morto num pelourinho pelo Barão de Ouro Grande, por tentar dar liberdade aos seus "irmão de cor". Mas não se preocupe, filho. Teu pai está com Deus. Nós ainda vamos sofrer com os coronéis aqui na Terra. Meu pai, hoje está com uma doença incurável. Logo morrerá. Sou um advogado e você está se formando. Logo se formará em Direito também. Juntos seremos como Zé Caré, que morreu para dar um pouco de liberdade à seu povo. E, juntos, também tentaremos dar liberdade ao nosso povo, o povo brasileiro. E, se for preciso, pagaremos o preço da liberdade!




FIM 




   
  

quinta-feira, 7 de abril de 2011

À Clarisse Lispector

Por Hara Flaeschen


CDF como sou, peguei a obra mais marcante de Machado de Assis (Obviamente, me refiro a Dom Casmurro) para dar uma lidinha básica ;x Eis que tive uma surpresa: Embora no princípio eu estivesse lendo só por motivo de força maior (leia-se: vestibular) eu acabei gostando. Na real, não foi tanta surpresa assim, já que bons leitores geralmente apreciam grandes obras.  O fato é que após seu primeiro beijo com Capitu, Bentinho fica refletindo sobre, e acabou me fazendo refletir também: “Talvez abuso um pouco das reminiscências osculares; mas a saudade é isto mesmo; é o passar e repassar das memórias antigas”.  É exatamente assim que a saudade se faz presente. Repassamos a mesma cena, as mesmas palavras, os mesmos sorrisos e até mesmo algumas lágrimas milhões e milhões de vezes. A questão é: Até onde isto é saudável? Até onde devemos passar e repassar cenas anteriormente vivenciadas?
As lembranças muitas vezes são o “convívio social” do solitário ou de quem se faz solitário temporariamente. E em pensamentos solidários (Não, eu não troquei o t pelo d. Eu realmente quis dizer solidário ;p) acabo achando que ao menos temos boas lembranças do que passou. Ao menos isso. E aí passamos de solitários para auto-solidários (manda a nova ortografia se foder u.u), tentando justificar a nossa solidão e nossa necessidade de lembrar do que já não existe. Mas se refletirmos só um pouquinho sobre, veremos que essa auto-solidarização é mórbida! Essa necessidade de fechar os olhos e voltar no tempo, algo que nunca será possível, algo que jamais se concretizará..isso é doentio!
Com tais pensamentos, concluo: Saudade é diferente de masoquismo. Saudade te faz sorrir, te  impulsiona para um futuro possivelmente melhor que o passado (por mais excepcional que este tenha sido). Masoquismo é moer e remoer, deixar toda sua vida se extinguir, se apegando apenas aquele fiozinho de felicidade. É deixar tudo de lado, sem querer ver o que o futuro trará. Eu confesso que muitas vezes passo por esse ciclo. Solidão, solidariedade...mas no fim eu sempre me obrigo a sorrir.
    Eu sempre penso em como “Carpe Diem”  faz sentido(Cá estou eu novamente fazendo alusão aos nossos recursos literários)! Mas quantas pessoas levam a tão famosa frase a sério? Quantas pessoas acordam pensando que são felizes somente por que acordam?
     Você faz isso? Eu faço isso? Não sei. Mas deveríamos fazer.


P.S: Pra quem não entendeu o título, eu me referia à característica mais marcante de Clarisse Lispector: Fluxo de Pensamentos! J
P.P.S: Eu sei que esse post não condiz muito com minha personalidade estranha (leia-se: vulgar ¬¬’), mas tá valendo ;x

FLASHBACK II

fonte: oglobo.com
  Estávamos no século XVI, em 1500. Agora vamos adiantar os passos até estacionarmos novamente, na Belle Époque, período de cultura cosmopolita, patriotista, mudando o rumo que a História estava tomando. Neste período surgiram novas formas de pensamento, novas formas artísticas etc.
  Podemos diser que a Belle Époque foi uma das consequências da Revolução Industrial. Esta, dividida em duas fases, fez com que as pessoas mudassem o seu modo de viver e, consequentemente, de pensar. Com a necessidade de mão-de-obra, e também, com o aumento do desemprego, as mulheres começaram a trabalhar também fora de casa, para ajudar na renda da família, coisa que não faziam antes. Houve um aumento do desemprego, decorrente do êxodo rural, que aconteceu devido à mecanização que chegava com tudo. Surgiram as ideias iluministas, as ideias socialistas de Marx e Engels. Houve a Revolução Francesa.
fonte: google images 
  Depois de todos estes acontecimentos houve um tempo de "paz", de "cosmopolitanismo". Uma época em que não houve guerras. Surgiram várias invenções como o telefone, o cinema, a bicicleta, o telégrafo, o automóvel, o avião (este foi inventado por um brasileiro, Alberto Santos Dumont) etc.
  Paris, a Cidade Luz, exibia seus cafés, concertos, balés, óperas, livrarias, teatros e boulevards. Era considerada o centro produtor de difusor da cultura. A cultura boêmia era a referência dos brasileiros, adimiradores de escritores como Baudelaire, Rimbuald entre outros. A elite ia a Paris ao menos uma vez ao ano, para trazer e ditar a atualidade cultural.
  O estilo artístico também mudou na Belle Époque. Surgiu a Art Nouveau, no fim do século XIX. Este estilo valorizava as ornamentações, cores vivas e curvas sinuosas. É um estilo decorativo, presente em fachadas de edifícios, jóias etc.
  Houve o surgimento da cultura do divertimento. Com o êxodo rural, o surgimento da eletricidade e o crescimento das cidades esta cultura foi aumentando. Os cabarés traziam a mistura das culturas erudita e popular.
  A Belle Époque se foi com os horrores da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), causada por vários fatores, principalmente pelo Imperialismo.
  O mundo atual precisa de um tempo assim, de paz, de cosmopolitas, mas não tão capitalista. As pessoas precisam mudar sua forma de pensar, como na Belle Époque. As pessoas precisam tirar a bitola que todo dia colocam, diante da burguesia, da televisão etc (antes não havia televisão, melhor). O cuidado que devemos tomar se quisermos outra Belle Époque é não deixar que o espírito capitalista nos domine, causando o Imperialismo e mais uma Grande Guerra.

Até mais!

terça-feira, 5 de abril de 2011

O CANTO QUE ENCANTA XII (AEROSMITH)

  A banda de Hard Rock Aerosmith surgiu em 1969, com a união das bandas "Chain Reaction", do vocalista Steven Tyler e "Jam Band", do guitarrista Joe Perry e do baixista Tom Hamilton. Perry trabalhava numa lanchonete, local onde conheceu Tyler, que era cliente.
  Com a entrada do guitarrista Ray Tabano e do baterista Joey Kramer, formou-se a banda. Ray era um amigo de Tyler, que estudou na mesma escola que ele. Logo, Ray deixou a banda, sendo substituído por Brad Whitford. O nome "Aerosmith" foi sugerido por Joey Kramer. Segundo ele, a palavra não significava nada de especial, somente gostava de escrevê-la em seus cadernos escolares.
  Em 1972, gravaram seu primeiro álbum, que continha clássicos como "Dream On", "Mama Kid", "Movin Out", entre outros. Depois da primeira turnê, lançaram, em 1974, o álbum "Get Your Wings", que não obteve sucesso comercialmente. Em 1975 começaram a ser reconhecidos como estrelas do rock. Lançaram o álbum "Toys In The Attic", uma mistura de Heavy Metal, Hard Rock e Punk, com canções que marcaram época como "Walk This Way", "No More, No More" e o sucesso "Sweet Emotion". "Rocks", com 4 milhões de discos vendidos, traz o belo solo de Joe perry em "Back In The Saddle". Brad Whitford e seus solos em "Last Child" também compõem o álbum.
  Após "Toys In The Attic" e "Rocks", foi a vez de "Draw The Line", lançado em 1977, bilhar. Este atingiu mais rápido o disco de Platina do que os outros álbuns.
  Em 1978 é lançado "Live Bootleg", o primeiro álbum ao vivo do Aerosmith. Em 1979 Joe Perry deixa a banda, decorrente de uma brica com Steven Tyler por causa de um copo de leite. Formou-se o "The Joe Perry Project", o qual lançou três discos. Após um acidente sofrido por Tyler, foi lançada a coletânia "Greateste Hits", que vendeu 10 milhões de cópias.
  Substituindo Perry entra Jimmy Crespo, que toca somente um solo no álbum "Night In The Ruts", em 1979. Brad Whitford deixa a banda em 1981 e dá origem à "Whitford/St. Holmes", em parceria com o vocalista Derek St. Holmes.
  Em 1984 Perry e Whitford voltam à banda. Por esta ocasião lançaram a turnê "Back In The Saddle Tour". Entretanto, Tyler desmaia no palco em uma das apresentações da turnê, causado pela sua dependência em drogas, tazendo uma imagem não tão boa da banda. No ano seguinte é lançado o álbum "Bone With Mirrors", um dos melhores, álbuns do Aerosmith, porém, um fracasso nas vendas.
  Em 1989 voltam ao topo com "Pump", que obteve grande sucesso com "What It Thakes", "Janie's Got a Gun" e "Love In An Elevator". O sucesso aumenta nos anos 1990 com os álbuns "Get a Grip" em 1993 e "Nine Lives", em 1997. Também fizeram sucesso gravando o tema romântico do filme "Armagedon".
  Em 2000 o Aerosmith vai para a calçada da fama do Rock and Roll. Em 2001 é lançado "Just Push Play". Em 2004 foi lançado o álbum de blues "Hobin on Bobo", um regresso ao início.
  Em 2007 vieram ao Brasil para uma única apresentação, abrindo a turnê "Aerosmith World Tour 2007", que lotou o estádio do Morumbi, em São Paulo.
  Em 2008 a banda tiraférias e Joe perry aproveita para fazer alguns shows com os filhos. É lançado o "Guitar Hero Aerosmith".
  Em 2009, Tyler rompe com o Aerosmith. As relações dele com a banda andam com problemas desde sua caída no palco durante uma apresentação fraturando o ombro.
  Em 2010 se uniram e iniciam a turnê "Coked, Loocked, Ready to Rock", vindo ao Brasil em Maio.
  Em 2011 será lançado um CD durante uma nova turnê mundial, a qual esperamos

  Esta é a nossa homenagem ao Aerosmith, um grande sucesso de todos os tempos!

 

Até mais! 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

INTENSO AMOR

Certa vez estava eu na cidade de Vultareaçu quando encontrei Clarisse, uma simpática, bonita e macambúzia moça vultareaçuense. Logo que a vi, senti: amor à primeira vista. Um amor que se escondia em minhas entranhas, que se compilava em meu interior como uma bomba, só esperando para explodir. Era um amor que tinha guardado dentro de mim por causa de um outro amor, que me destruiu. Um passado que quero esquecer. O importante para mim no momento era que aquele amor incurado e compilado, pronto para ser liberado com força total, agora afagava todo o meu ser. Saiu de tal forma que comecei à fitar Clarisse de um jeito inexplicável. E assim permaneci por longos minutos.
  Notei que Clarisse também parara e começara a me fitar. Do mesmo modo que eu a fitava. Trocamos olhares e olhares por minutos que pareciam a eternidade, mas que foram, até hoje, os melhores minutos da minha vida. Minutos que, como o amor que se explodiu no momento em que vi Clarisse, quero compilar no fundo do meu coração e que não saia dali nunca mais. Mas esses minutos findaram. Já não fitava Clarisse mais, nem ela me fitava mais. Aí pude perceber novamente que Clarisse estava macambúzia. Seus olhos, azul-céu, não estavam com o brilho celeste. Sua face, branca como uma pétala de rosa branca estava pálida. A tristeza dominava a suas entranhas no momento. Não entendi o porquê de ela estar macambúzia, se, há alguns instantes, trocávamos olhares tão intensos que eu pudia observar seus olhos azul-céu vibrando defronte aos meus olhos verde-água. Fui de encontro à ela, mas ela, a cada passo meu, se afastava com um passo. Então lhe perguntei: "Por que não quer ter comingo?" Ela rapidamente disse sussurrando: "Por nada". E se afastou um pouco mais. Vi que ela estava numa angústia, no momento incurável, e decidi insistir até que ela cedesse. Então, lhe disse: "Não tenho nenhuma má intenção, mulher. Quero somente saber o motivo desta angústia, invisível há alguns minutos, quando nos fitávamos intensamente". Tive de dizer que não tinha nenhuma má intenção para com ela. O que ela iria pensar de um desconhecido homem que a faz largar de sua angústia por prazerosos minutos e depois querer saber o motivo de estar angustiada? Vendo, então que eu não era mal-intencionado, cedeu. Veio ao meu encontro como um furacão e me deu um forte abraço, do qual não queria sair nunca mais. E se desbanjava em lágrimas, que corriam em sua face, agora vermelha, como cachoeiras, retratando a angústia que adentrava seu coração, e que agora, finalmente, a deixava em paz. Então, com a cena, pude perceber que não era somente eu que tive um amor fracassado. percebi e saí de meu mundo fora do normal.
  Mais um momento prazeroso e amoroso, se é que isso pode ser amor, entre nós. Clarisse, agora refrescada e refortalecida pelo choro e pelo abraço, resolvera me dizer o que estava acontecendo. Havia uma praça em Vultareaçu que ficava perto de onde estávamos. Sentamos e fui formulando o que iria dizer à ela enquanto estava na sorveteria e ela sentada num banco da praça. Voltei e então sentamos para conversar e tomar o sorvete. Não estavávamos mais macambúzios. Só havia uma pergunta, que fiiz em meu interior: "Por que eu estava ali?"" Por que eu sentia uma atração fortíssima por ela?" "Por que eu estava ali conversando com ela?" Só havia uma resposta: puro amor. Nunca sentira um amor tão forte antes, nem mesmo quando estava apaixonado da primeira vez.
  Sem demorar mais, pois já estava ficando de tarde, perguntei o que havia feito Clarisse se deprimir. Ela disse que se separou do marido, e que ficaria mal falada na cidade. Disse que o marido era um estulto, estupido, com um nível baixíssimo, mas que mesmo assim o amava. Disse que tem um filho, e que o marido a  impediu de levar consigo. Sem filho e sem rumo vagava pela cidade, pois a mãe e o pai já haviam falcido e os irmãos estavam em outras partes do país. Eu comentei com ela rapidamente sobre o meu amor intenso. Isso a felicitou muito, como quem também estava apaixonada. seus olhos brilhavam intenasamente, sempre em direção ao meu. E eu, sempre olhando à ela, a consolava e dizia que tudo iria dar certo. Clarisse me perguntou: "Estamos aqui há horas conversando, trocando abraços e olhares e ainda nem sei teu nome. Diga, por favor". "Verdade. Meu nome é Amor. e o seu?", disse. Ela disse: "O meu é paixão. Acho que os dois formam um lindo par, não acha?". Então eu disse, numa euforia intensa: "Sim, formam um belo par. Amor e paixão, calor e fogo, raio e trovão". Então ela repetiu a pergunta: "Qual é o seu nome?". Eu disse: "João". Então ela repetiu o meu dito: "Sim, formam um belo par. Amor e paixão, calor e fogo, raio e trovão, Clarisse e João". Naquele momento senti que tudo estava consumado. Meu amor por ela e o amor dela por mim. Unidos num só. Fitamo-nos mais alguns minutos, beijamo-nos e sentimos que éramos feitos um para o outro, e que nada nos impediria, nem marido, nem amor, nem criança. E fomos para Formosa, minha cidadezinha., vever intensamente o nosso intenso amor.