Por muitos anos o ser humano luta para conseguir direitos iguais. Houve mortes, perseguições, ideias que revolucionaram nossa História. Hoje conseguimos os direitos, como o de votar. O problema é que ele é um direito obrigatório, o que deixa de ser direito.
Até pouco tempo atrás a população desconhecia o voto. Ninguém podia exercer seus direitos. A ditadura militar entre outros regimes adquiridos de 85 para trás foram um tanto negativos quando se trata do sufrágio universal. No período imperial do Brasil o voto era censitário, ou seja, somente ricos podiam votar, ricos e homens. As mulheres não faziam parte da vida política. Só serviam para ficar em casa e "cuidar" da família. O voto censitário era, ainda assim, minoritário, quando adicionamos o Parlamentarismo "às avessas", em que o imperador intervia nas eleições com o poder moderador. Antes disso (do período imperial) não havia voto (no Brasil).
Com a proclamação da República, as esperanças começaram a brotar. A participação na política aumentou, o voto começou a florir, mas não nitdamente. Houve a intervenção da elite, provocando a "República do café com leite", em que só assumiam a presidência candidatos de São Paulo e Minas Gerais. Aí as coisas começam a sair dos eixos. Este é um dos fatores que resultaram na Revolução de 1930, em que Vargas assume o poder. Em 37 ele cria o Estado Novo, culminando sua ditadura Integralista, aos moldes do Fascismo. O voto, novamente vai por água a baixo. Em 1945, como fim da Segunda Guerra Mundial, Vargas deixa o poder com a frase "Voltarei nos braços do povo". E voltou. Com a maioria dos votos, assume novamente em 1950, sucedendo Eurico Gaspar Dutra. Suicidou-se misteriosamente em 1954.
Os anos 1960 começam com o governo de Jânio Quadros, que "varreria" a corrupção do governo. Porém, em 1961 renuncia a vassoura e a passa para João Goulard, ou Jango, o primeiro presidente Comunista do Brasil. Neste período o mundo vivia a Guerra Fria, entre o mundo socialista e o capitalista. Então, o Brasil novamente sofre, agora por causa do partido de Jango. Temendo um "golpe comunista", e sendo apoiado pelos EUA, o Exército dá um golpe de Estado em 1 de abril de 1964, dia da mentira, substantivo muito presente neste período negro do Brasil.
Mortes, torturas, prisões injustas. Tudo isso por um mísero partido e por interesses burgueses. O povo brasileiro novamente perde o direito ao voto. Com o fim da ditadura em 1985, o Brasil volta a respirar a democracia. Em 1989 houve a primeira eleição, manipulada, após a ditdura.E daí para cá temos o direito de votar. Mas agora fica a pergunta: se o voto é um direito, por que motivo somos obrigados a exercê-lo? Se é um direito, deveria ser optativo. Temos a opção de justificar, mas isso não invalida a pressão que sofremos para que exerçamos nosso direito-dever: o voto!
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