quarta-feira, 15 de junho de 2011

FLASHBACK V

         No FLASCHBACK IV ESPECIAL a discussão foi sobre as aparições na Cova da Iria em 13 de maio de 1917, durante a Primeira Grande Guerra. Aproveitando o engajamento desta discussão com a Guerra, achei por bem que este post de hoje fosse um pouco relacionado ao anterior, que já trouxe algumas informações sobre o assunto, mas não o bastante para ser discutido.
         Uma guerra pelo Imperialismo. Uma guerra causada pela ambição e pelo capitalismo. Milhões de vidas perdidas. O milagre em Portugal. Os segredos. Faremos agora uma viagem pelos quatro anos da Primeira Guerra Mundial!
         A Grande Guerra teve início devido à inúmeros fatores, destre os quais podemos destacar:
I- A corrida armamentista entre a Inglaterra e a Alemanha, causando rivalidade entre as duas nações. Estas mesmas formaram fentes opostas na guerra;
II- O Pan-eslavismo defendido pela Rússia. Consistia na união de todas as nações eslavas, inclusive da região da Bósnia, pertencente ao reino austro-húngaro. Por este motivo, a Rússia queria a anexação da Bósnia ao seu território, causando o descontentamento da Áustria-Hungria. Como consequência houve o atentado em Sarajevo, capital da Bósnia, onde houve o assassinato do Príncipe Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia executado por Gabriel Princip, à mando russo. Isto gerou mais descontentamentos para o reino austro-húngaro, que se aliou à Alemanha;
III - O Imperialismo e o Nacionalismo. A busca constante dos países europeus por matéria prima e marcado consumidor, juntamente com o espírito nacionalista passado à população por meio da mídia sensacionalista gerou atritos entre as nações;
IV- A Guerra Franco-prussiana. Esta guerra teve como objetivo a unificação da Alemanha. Esta se deu por meio de uma declaração de guerra à França, promovendo a unificação das nações p´russianas na frente de batalha e sua consequente unificação. A França ainda saiu perdendo na guerra. Além de ser derrotada, perdeu a região da Alsásia-Lorena para a Alemanha, unificada sob o comando de Otto von Bismarck, o "Chanceler de Ferro";
          Existem outros fatores que demarcaram o início da Grande Guerra, mas os citados acima são os de maior importância. Por isso seguiremos em frente...
          Após o assassinato de Francisco ferdinando, a Áustria-Húngria esperou três semanas antes de decidir tomar um curso de ação. Essa espera foi devida ao fato de que grande parte do efetivo militar estava na ajuda a colheita, o que impossibilitava a ação militar naquele período. Em 23 de Julho, graças ao apoio incondicional alemão (carta branca) ao Império Austro-Húngaro se a guerra eclodisse, o Ultimato de julho foi mandado a Sérvia, e que continha várias requisições, entre elas a que agentes austríacos fariam parte das investigações, e que a Sérvia seria a culpada pelo atentado. O governo sérvio aceitou todos os termos do ultimato, com exceção da participação de agentes austríacos, o que na opinião sérvia constituía uma violação de sua soberania.
Por causa desse termo, rejeitado em resposta sérvia em 26 de Julho, o Império Austro-Húngaro cortou todas as relações diplomáticas com o país e declarou guerra ao mesmo em 28 de Julho, começando o bombardeio à Belgrado (capital sérvia) em 29 de Julho. No dia seguinte, a Rússia, que sempre tinha sido uma aliada da Sérvia, deu a ordem de locomoção a suas tropas. Os alemães, que tinham garantido o apoio ao Império Austro-Húngaro no caso de uma eventual guerra mandaram um ultimato ao governo russo para parar a mobilização de tropas dentro de 12 horas, no dia 31. No primeiro dia de Agosto o ultimato tinha expirado sem qualquer reação russa. A Alemanha então declarou-lhe guerra. Em 2 de Agosto a Alemanha ocupou Luxemburgo, como o passo inicial da invasão à Bélgica e do Plano Schlieffen (estratégia de defesa alemã que previa a invasão da França, Inglaterra e Rússia). A Alemanha tinha enviado outro ultimato, desta vez à Bélgica, requisitando a livre passagem do exército alemão rumo à França. Como tal pedido foi recusado, foi declarada guerra à Bélgica.
Em 3 de Agosto a Alemanha declarou guerra à França, e no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal ato, violando a soberania belga - que Grã-Bretanha, França e a própria Alemanha estavam comprometidos a garantir fez com que o Império Britânico saísse da sua posição neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4 de Agosto.
          A Itália, em 1914, entra na guerra ao lado da Tríplice Aliança, mas, em 1915 sai da guerra assinando o secreto "Pacto de Londres", em que ganharia algumas colônias em troca de sua saída.
         A partir daí começam as "Guerras de Trincheiras", onde foram utilizadas novas táticas de guerra. A higiene era pouca. Os soldados nas trincheiras sofriam com o frio e as necessidades que ali mesmo faziam. Metralhadoras eram espalhadas pelas trincheiras, bem como arame farpado e emboscadas. O avião e o tanque foram uma das inovações usadas no combate.
    Mas, em meio à esse desastre, algo inexplicável contece: no primeiro Natal da Guerra, os soldados saíram das trincheiras e cumprimentaram-se. Porém isso nunca mais se repetiu.
          Em 1917 a Rússia deixa a guerra devido à "Revolução Russa", em que foi implantado o Estado Socialista naquele país por Lênin. Voltaremos à este episódio numa outra ocasião. Também em 1917 acontecem as aparições de Maria Santíssima em Portugal, alertanto ao povo sobre os desastres da guerra e suas consequências aterrorizantes. É neste ano, também, que a coisa começa a esquentar para o lado da Tríplice Aliança. Com a saída da Rússia da guerra, a Alemanha, sem mais o apoio do reino Austro-húngaro, ainda resistia. Mas perdeu o fôlego com a entrada dos estados Unidos da América na guerra.
          Então, a 11 de novembro de 1918 um armstício é assinado, selando a Primeira Guerra Mundial. O Reino austro-húngaro é dissolvido, gerando novas nações. A Alemanha é acusada pelos crimes de guerra. É desmilitarizada, perde 1/7 de seu território (incluindo a Alsásia-Lorena) e tem de pagar indenização aos aliados. Estas sentenças gerarãofatores para o surgimento do Nazismo, e da consequente Segunda Grande Guerra.

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