terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O INOCENTE

Capítulo VII
Cena I
(Escritório de Estela)


(Batidos à porta)
(ESTELA) - Quem é?
(Silêncio)
(ESTELA) - Quem é?
(Silêncio)
(Estela abre a porta e é agredida com uma coronhada de Afonso, e desmaia.)
(NOÊMIA) - Vamos ver se João irá me denunciar ou não! (Risos)
(saem)


Cena II
(Escritório de Estela. Entra João)


(JOÃO) - Oi, fui entrando sem bater porque a porta estava...Estela? Olá...Há alguém aqui?
(João acha um bilhete na mesa de Estela)
"Querido, sabia que viria alguma hora visitar sua amada,. por isso tive o trabalho de escrever um bilhetinho....Se você ou um de seus amiguinhos abrir a boca para a polícia, vou encerrar esse caso na sua amadinha advogada de quinta categoria. Se quiser, pode vir buscá-la, sozinho, sem arma e, sem a polícia, óbvio. Beijinhos da sua mãezinha!
(JOÃO) - Como ousa...como ousa se entitular minha mãe! Pois saiba que eu vou sim buscar Estela, e com todos os meus amigos e com a polícia, sua desgraçada!
(sai)


Cena III
(Mansão da Família Prado)

(Entra João)
(JOÃO) - Mãe! Bastião! Temos de sair, vamos! Estela foi pega!
(DOROTÉIA) - Mas, filho! Como?! Noêmia a pegou?!
(JOÃO) - Sim, aquela vagabunda a pegou. Bastião, vá até a delegacia e avise o delegado sobre o acontecido. Tome, este é o endereço. Diga para ele ir com cautela porque a minha mãe, ou melhor, Noêmia pediu para mim ir sozinho.
(BASTIÃO) - Certu Jão! Tô indu!
(sai Bastião)
(DOROTÉIA) - E eu, filho? Também quero ajudar.
(JOÃO) - A senhora irá comigo, mãe. Quero que Noêmia fique louca de raiva de te ver junto comigo! Vamos!
(saem)


Cena IV
(Delegacia)


(Entra Bastião)
(BASTIÃO) - Seu Delegado! Seu Delegado!
(DEL. SOARES) - O que foi? Diga! Você não é..
(BASTIÃO) - Sô! Sô o mordomo do Jão sim! Ele memo qui pediu pra mim vim aqui pra avisá o sinhô qui ele tá indo pra esse indereço aqui ó. Ele vai pegá a Estela qui tá nas mão da Noêmia! Ele pidiu pro sinhô i pra pendê ela, mais pro sinhô í cum cartela!
(DEL. SOARES) - Cautela! Sim, vamos, acho que o que João quis dizer é que não é pra eu aparecer. Vamos homens!
(saem)


Cena V
(Local para onde Noêmia levou Estela)


(Entra João, sem Dorotéia)
(NOÊMIA) - Você veio rápido! O amor é mesmo lindo né! Bem, comecemos logo! Porque não assiste também, Dorotéia?!
(Entra Dorotéia)
(DOROTÉIA) - Como você sabia, sua pilantra!
(NOÊMIA) - Pera lá! Nome feio não hein! Sem baixaria porque o meu nível é alto!Você é desatualizada, não sabia que existiam câmeras?! Bem, vamos começar! Olha, pensei muito e, acho que vou fazer um "Romeu e Julieta" nesse galpão. Vou matar os dois! (risos)
(Entra Bastião)
(BASTIÃO) - Ocê num vai fazê uam coisa dessa não né?!
(NOÊMIA) - Você duvida? Não notaram que há dinheiro  nesse galpão e que tudo está escuro a não ser as luzes das nossas lanternas?! Se mexerem uma palha todos morrem! Acam que eu sou tola. Sabia que esse cafageste traria vocês! Aliás, avise o delegado lá fora também!
(Bastião desmaia Afonso com uma paulada na cabeça. Gustavo corre para pegá-lo, mas é surpreendido pelo delegado. Sem que Noêmia percebesse, Bastião corre e a agarra "por trás", e Noêmia fica imóvel)
(NOÊMIA) - Desgraçado! Mas não vão se safar!
(Noêmia dispara contra uma luminária do galpão, que pega fogo e que faz as outras explodirem. O galpão fica em chamas.)
(JOÃO) - Estela! Estela!Vamos! Pegue aqueles capangas da Noêmia, eles não têm nada a ver com a história.
(ESTELA) - Certo!
(saem do galpão)
(JOÃO) - Vá Mãe!
(sai Dorotéia com Bastião desmaiado)
(JOÃO) - Você não vem?
(NOÊMIA) - Para ter que enfrentar a justiça e passar o resto dos maus dias com o "povinho"?! Não, obrigada.
(JOÃO) - Vai explodir, ande!
(NOÊMIA) - Não vou! Olhe, só lhe peço uma coisa: Perdão por tudo! Mas, foi muito bom usufruir da sua fortuna! Agora, tenho de pagar o imposto. Vá você, você tem uma pessoa que te ama e uma mãe, vá cuidar delas!
(João sai desesperadamente do galpão em chamas que, em segundos vai ao chão por conta da explosão. Afonso e Gustavo são levado imediatamente para a delegacia. bastião vai para o hospital)

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