Em meio a tantos erros cometidos no passado que se repetem, me pergunto se ninguém deles teve uma matéria chamada História em suas vidas. Não importa a resposta, mas sim o que iremos debater nesta coluna.
Para estrear esta coluna e para mostrar nosso poder (bom é claro) para os desavisados e errantes (incluso eu), começaremos voltando (começar voltando é ótimo)em 1500, no "descobrimento" de nosso lindo país chamado de Brasil pelos "descobridores".
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Quando os "descobridores" aqui chegaram, aparentemente não havia ninguém aqui. Como eu disse, aparentemente. Então resolveram se apossar desse território "descolonizado". Depois viram uns nativos, os quais chamaram de índios, pois pensavam que tinham chegado nas Índias. Mas não chegaram. Chegaram numa terra já povoada, e dominaram os que aqui habitavam, que foram escravizados e forçados a trabalhar nos engenhos. Não se utilizou muito a escravização do indígena devido aos processos de catequização, realizados pelos jesuítas nas Missões. Não estou reclamando deste fato histórico do descobrimento, afinal, se não fosse por este meio eu não estaria aqui hoje contestando o suposto descobrimento de minha nação. Estou sim fazendo uma comparação da época da pré-colonização brasileira com os dias atuais. E se encaixa perfeitamente.
Na época da pré-colonização, os índios tabalhavam na exploração de pau-brasil em troca de "bugigangas". Como eles (os índios) não conheciam estas "bugigangas", achavam que tinha muito valor. Bem, espelhos, hoje, devem custar caro não é verdade? Ou será que não... Alguns índios eram escravizados, mas não muitos, pois ficava difícil se escravizar índios, pois conheciam o território brasileiro melhor que os colonizadores europeus. Isto dava uma vantagem à eles, somando à sua catequização, realizada, como dito anteriormente, pelos jesuítas, que impediam que os colonizadores escravizassem os índios, ou pelo menos tentaram... Em meio à isso, os senhores de engenho e, mais tarde, os senhores da Mineração, Barões do café etc. começaram a "comprar" escravos africanos, chamados de negros. A alegação deles (os senhores) é de o europeu ser uma raça superior, tendo o direito de dominar as outras. Sem falar que toda a riqueza brasileira se escoou toda para Portugal e para a Inglaterra, pois esta emprestou dinheiro e apoiou Portugal na expulsão flamenga do nordeste e na separação da União Ibérica.
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Em comparação com o mundo de hoje, não se trabalha mais em exploração de pau-brasil (pois se explorar acaba), mas se ganha bugiganga ainda, chamada salário MÍNIMO. E não são índios que trabalham para europeus, são os pobres trabalhando para os ricos. Faz até um pouco de sentido né. Nenhum rico sairia trabalhando para pobre, afinal, novamente existe a classe dominante e a classe dominada. A alegação não é a superioridade racial, mas sim a econômico-social. E hoje, de fato, os mais necessitados se tornam "escravos", pois se não ganharem dinheiro não vivem. E não têm como fugirem, pois se assim fizerem, a roda do capitalismo os atropela. E não há catequese, nem culto, nem Aleluia que pare a roda capitalista de atropelar os desavisados.
Hoje, como em 1500, há "compras". Não de escravos, mas sim de opinião. Hoje não saímos pelas ruas comprando pessoas, nós vamos além: compramos as suas mentes e opiniões. Durante a República Velha era assim. Haviam os coroneis, que mandavam e desmandavam na cidade. Quem não fizesse o que eles mandavam era morto. Hoje também há estes coroneis, com a garrucha da corrupção.
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Pessoas lutando pela dignidade e pela igualdade. Pessoas que se entitulam "donas do pedaço". Nada é de ninguém e tudo é de todos, afinal, nada aqui é nosso. Se for, quer dizer que se eu chegar num pedaço de terra, cercar e dizer que é meu ninguém se incomodará?
Este foi o primeiro de muitos flashbacks que daremos. Mudar o mundo? Não sei. Tentar? Sempre!
Até mais!
Um comentário:
Legal o texto, apesar de ter lido com um pouco de pressa deu pra perceber que foi bem escrito, e o mais importante: o conteúdo é muito bom!
Me orgulho de ter alunos engajados e conscientes! Continuem tentando!
Abraços!
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