Colaboração de Pedro Pereira
A Comunidade Católica se prepara neste tempo quaresmal para celebrar a paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo! Celebrar, com um fervor a mais, pois na torre da Igreja gradual, entretanto vibrantes, os sinos, que cativam, convidam o povo de Deus, já a um século para com ele enaltecer e celebrar o mistério divino ressoam! Era assim também na pequena Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Caxambu, pertencente à Paróquia de Nossa Senhora do Montserrat, de Baependi.
A pequenina capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, em favor das águas miraculosas, sustentava, ardentemente, a Fé Católica em Caxambu. A fé era grande, o respeito à Deus e à Igreja também. Portanto, todos, a cada dia e/ou a cada semana comungavam o Cristo Vivo e Sacramentado, Caminho, Verdade e Vida.
A vila foi crescendo, aos poucos se transformava numa cidade inspirada no poder de Deus sob a interseção da Virgem. Já não havia mais espaço na Igrejinha. Não havia sequer casa para os sacerdotes repousarem. Os recursos monetários eram poucos. Entretanto pelo Boníssimo Deus e à grandiosa alegria de Nossa Senhora, um homem fervoroso na Fé, alicerce do catolicismo nos tempos do remoto desta estância, exemplo para contemporaneidade, surgia. Seu nome: José da Costa Guedes, ou simplesmente Costa Guedes.
Pessoa magnífica, eminente, de atitude e amor à Igreja, e a vila que conduzia a cidade, Costa Guedes ofereceu a sua casa, ao lado da Igreja para abrigar os sacerdotes que vinham celebrar a Santa Missa. Vendo que a Igreja precisava ser majorada, criou um livro de ouro, e o levava para onde ia. Ela foi aumentada, remodelada.
Por pouco tempo os sinos ainda estão intimidados. Este veículo Cristão Católico de todos os tempos, som, eco familiar ao mundo inteiro, infundido sob a égide de Deus em breve ressoará sob este rincão. Calou-se o sino! Calou-se a Fé Católica? O sino incomoda? Mais do que ninguém ao demônio. Este é contra ao Catolicismo, ao Cristianismo. A tristeza domina o interior do povo caxambuense ao ver pessoas que tratam a Igreja como um órgão qualquer, como uma residência, ao invés de respeitá-la e contemplar sua essência e envolvimento sócio-espiritual. O que nós, povo de Deus devemos fazer? Perdoar. Já dizia o Cristo quando traçava a Terra com seus braços, pregados na Cruz:: “Perdoai-os, Senhor!Eles não sabem o que fazem”.
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