Desde criança já trabalhava com seu pai nos seringais e via as injustiças e barbaridades cometidas para com os camponeses e seringueiros. Foi aprender a ler e a escrever somente aos vinte anos de idade, pois lá não havia escolas, e o conhecimento era restrito aos coronéis.
Começou com sua vida sindical em 1975. Participou ativamente das lutas contra o desmatamento e em defesa da posse de terra para os habitantes natos.
Começou com sua vida sindical em 1975. Participou ativamente das lutas contra o desmatamento e em defesa da posse de terra para os habitantes natos.
Em 1977 participou do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri e foi eleito vereador pelo MDB. Consequentemente começou a receber ameaças por parte dos fazendeiros. Em 1979 reuniu os sindicalistas, a população e os religiosos na Câmara Municipal, realizando um debate. Foi preso acusado de subversão e submetido a “interrogatórios”. Sem apoio, não conseguiu denunciar as torturas que sofrera nestes.
Chico Mendes também contribuiu para a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1980, com a intenção de envolvê-lo no assassinato de um capataz, envolvido no assassinado do líder sindical Wilson de Sousa Pinheiro, fazendeiros pediram seu enquadramento na Lei de Segurança Nacional. Com a morte de Pinheiro, Chico se torna o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri. Candidatou-se à deputado estadual pelo PT, mas não conseguiu se eleger nas eleições de 1982.
Liderou encontros; recebeu a visita de membros da ONU, conseguindo, assim, denunciar as práticas devastadoras da floresta; participou da implantação de reservas, as primeiras da Amazônia. Depois de tudo isso fora acusado de “impedir o progresso”. Mas não para por aí. Consegue a desapropriação da propriedade de Darly Alves da Silva, envolvido em seu assassinato. Daí surgem mais ameaças de morte. Mas Chico denunciava os autores publicamente, citando os nomes.
Infelizmente, a 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta. Mas ele já sabia seu final, e, com certeza também sabia da grnde obra que deixou a nós, brasileiros.
“Não quero flores no meu enterro, pois sei que vão arrancá-las da floresta.”
“Se descesse um enviado dos Céus e me garantisse que minha morte iria fortalecer nossa luta, até que valeria a pena. Mas a experiência nos ensina o contrário. Então eu quero viver. Ato público e enterro numeroso não salvarão a Amazônia. Quero viver.”
Chico Mendes
2 comentários:
que legal a vida dele
que legal a vida dele
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