CAPÍTULO I
CENA I
(João, filho de Noêmia e Marcelo,a-
acaba de sair da prisão depois de cum-
prir pena sobre a morte do pai)
(JOÃO) - Enfim ,livre! Agora, finalmente poderei livrar o meu nome da sujeira e descobrir quem matou meu pai e o porquê. Dezoito anos encarcerado, longe do mundo. Dezoito anos sem amor de mãe, se é que tenha uma mãe, pois, a minha mãe me botou aqui, ela fez de tudo para que eu fosse preso e não fez absolutamente nada para me ajudar. Agora somente quero distância dela. Lembro direitinho o que aconteceu naquela noite em que meu pai foi assassinado por ela, pena que a minha opinião, por ser um ex-detento não valerá, ninguém acreditará. Mas vou retomar tudo o que é meu por direito, minha empresa, minha casa, minha dignidade e farei de tudo para conseguir provar para todos que não matei meu pai, que tanto me amava. Mãe querida, aguarde-me, pois estou voltando! (sai)
CENA II
(Delegacia. Noêmia chega para fazer uma vi-
sita ao filho)
(NOÊMIA) - Delegado Soares, onde se encontra meu filho, vim visitá-lo.
(DEL. SOARES) - Dona Noêmia, se a senhora não sabe, hoje concluiu a pena de seu filho, então, ele já foi libertado, agora, passar bem!
(NOÊMIA) - "Maldição, aquele moleque vai voltar a me atazanar. tenho de dar um jeito de acabar com ele ou terminarei atrás das grades". Muito obrigada, delegado e desculpe o incômodo. (sai)
(Lado de fora da delegacia)
(NOÊMIA) - Alô, Joana?
(JOANA) - Sim, senhora?
(NOÊMIA) - Não quero que João entre nesta casa, entendeu? Se ele bater ao portão, não atenda ou diga que me mudei, não quero aquele moleque em casa para que e não tenha mais problemas.
(JOANA) - Certo, senhora. "Ai, meu Deus, vai começar tudo outra vez. Seu Jão, não venha, não venha!" (desliga o telefone)
(NOÊMIA) - Maldito João, não vou deixar que você arruine meus planos, nem você nem sua mãe, se é que você a conhece! (risos)
CENA III
(Apartamento que João tinha ganhado de seu pai.
João conhece Estela, uma advogada)
(JOÃO) - Ah! Enfim posso descansar. Amanhã começarei a procurar um advogado para eu abrir um processo contra minha mãe.
(ESTELA) - Posso me candidatar?
(JOÃO) - Quem é você e o que procura aqui?
(ESTELA) - Sou advogada e procuro um trabalho. Ouvi você falando sozinho e, então, resolvir oferecer meus serviços.
(JOÃO) - Está contratada! Nos vemos amanhã?
(entra Noêmia)
(NOÊMIA) - Mal sai da prisão e já começa seu trabalho de gigolô barato? Além de querer colocar sua própria mãe na cadeia? Que filho desnaturado!
(JOÃO) - O que faz aqui, a desnaturada aqui é você, e não tem o direito de invadir minha vida, não lhe devo mais nada. Agora, suma daqui ou já mando lhe prender agora!
(NOÊMIA) - Não vai se ver livre de mim assim, tão fácil não. Aguarde, a guerra foi retomada. (sai)
Não percam o próximo Capítulo da minissérie "O INOCENTE", nesta quinta feira.
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