Desde este último embate joguei tudo para o alto. Tentei fazer de tudo para esquecer completamente Lisbela. Fui para a roça, para um sítio que consegui comprar com um pouco de dinheiro do meu trabalho somado com minhas economias. Me isolei do mundo. Fugi da realidade. Reergui uma velha frase usada há tempos pelos árcades: Carpe Diem.
Carpe Diem. Uma pequena grande frase. A partir do momento em que resolvi tirar Lisbela de minha vida amorosa, percebi que sofria à toa. Percebi que estava deixando de lado várias coisa mais saudáveis do que ficar chorando a dor de um amor não correspondido. Percebi que havia um longo caminho para eu trilhar, e que eu não devia mais ficar deixando de aproveitar cada momento do dia, aproveitar cada momento da noite, aproveitar cada momento da minha vida, que se passara com um raio desde então. Estava coim um grande problema nas mãos. Carpe Diem ou o amor de sua vida?
Infelizmente eu queria os dois. Acho que qualquer pessoa também escolheria as duas coisas. Mas isto era impossível, porque, para eu aproveitar a vida ao lado de Lisbela, Dito Cujo teria de sair da história, o que provavelmente é difícil de acontecer, pois um desencorajado como este não é capaz de lutar por isso. Porém, se eu deixar isso de lado poderei viver o resto de meus dias na plenitude!
Na roça, tudo era alegria, tudo era explendor. Não tinha a necessidade nem de ir à cidade, pois já tinha tudo: comiga, roupas, abrigo, sossego, PAZ! Os únicos dias em que eu ia à cidade eram os dias da Santa Missa, que era Celebrada numa comunidade rural próxima dela. Era lá que me revitalizava. Eu era e sou muito crente nos dogmas cristãos, e acredito fervorosamente neles. Por isto, eu me sentia leve quando me ajoelhava aio confessionário; me sentia santo ao receber a Eucaristia; me sentia fiel ao rezar. E voltava à minha choupaninha muito mais feliz, muito mais Romântico e encantado pela vida! Vamos ver até quando isso dura... Ó Carpe Diem; Ó Carpe Diem!